Traficante de drogas preso em apartamento de luxo no bairro de Ipanema pagava R$ 15 mil em aluguel

Para despistar as autoridades, o criminoso mudava de endereço, mas costumava sempre viver na Zona Sul do Rio. Com ele, a polícia apreendeu um caderno com anotações da contabilidade das drogas e armas, bem como o telefone celular.

Ele estava foragido desde 2018, e já foi condenado a 23 anos, sete meses e oito dias de prisão em regime inicial fechado por tráfico e associação ao tráfico. De acordo com a polícia, ele é apontado como um dos principais fornecedores de maconha para favelas do Rio. A prisão foi realizada pela Delegacia do Aeroporto Internacional do Galeão (DAIRJ).

Reinaldo comandava uma rota aérea, com pequenas aeronaves, que buscavam drogas no Mato Grosso do Sul e as transportavam por rodovias. Os destinos eram municípios de São Paulo, aonde parte da remessa era recebida por nigerianos radicados, que se responsabilizavam pela entrega na Europa e na África. Outra quantidade era levada para favelas do Rio, como Parque União, Nova Holanda e Manguinhos, todas na Zona Norte.

Acima de Reinaldo está Iván Carlos Mendes Mesquita, chamado de Don Carlos. Ele é paranaense, piloto de avião e fugiu do Brasil na década de 90, quando conseguiu abrigo no Paraguai. Iván foi preso em 2015 pela Polícia Federal, e passou a chefia da quadrilha para Reinaldo, que morava, desde então, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.

A prisão em 2018 aconteceu em Limeira, em São Paulo, quando Reinaldo e parte da organização foram presos transportando quase 300kg de maconha. Ele foi condenado a 23 anos, sete meses e oito dias de reclusão em regime inicial fechado, mas evadiu do sistema.