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    Seguranças de escola no Rocha onde alunos se agrediram denunciam salários atrasados

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    No ambiente da Escola Municipal Cívico-militar, localizada no Rocha, Zona Norte do Rio de Janeiro, os funcionários responsáveis pela segurança enfrentam atrasos em seus salários, férias, FGTS e décimo-terceiro, conforme denúncia reportada ao DIA. A empresa Guard Angel, com sede na Avenida Gemerário Dantas, no Pechincha, tem contratos com diversos órgãos públicos e presta serviços para as escolas da 3ª CRE, incluindo a do Rocha, cenário de um recente incidente onde uma briga entre alunos resultou no desmaio de um deles na última quarta-feira (22).

    A Secretaria Municipal de Educação afirmou estar em dia com os pagamentos à empresa e impõe multas à Guard Angel pelos atrasos. Em nota, a SME declara: “A empresa está agindo de forma irresponsável ao não remunerar corretamente seus funcionários. Como resposta, a Secretaria está aplicando penalidades e multas à empresa que ganhou a licitação para fornecer serviços de vigilância.”

    Os funcionários desempenham suas funções na escola com atrasos de até quatro anos no pagamento de férias, sem receber qualquer parcela do décimo-terceiro salário e com salários frequentemente quitados após o quinto dia útil do mês. Quatro seguranças da empresa trabalham em escala de 12 horas por 36 horas na escola cívico-militar, e a mesma quantidade está alocada no Ginásio Experimental Tecnológico Elza Soares, escola vizinha.

    Essa escala resulta em um vigilante presente no turno diurno e outro no noturno, ambos responsáveis pela vigilância patrimonial da escola. A supervisão dos alunos fica a cargo dos monitores. Um funcionário, que preferiu não se identificar, relata: “A briga aconteceu devido à falta de pessoal durante o recreio, durante o horário do almoço.” Um aluno gravou a agressão por quase um minuto, onde uma criança chega a pisar na cabeça de um colega, resultando em seu desmaio. Nenhum profissional apareceu para controlar a situação. A escola conta com três agentes educadores e três militares.

    Os funcionários terceirizados pela Guard Angel afirmam que o salário, devido no início de novembro, ainda não foi depositado. Diversas reclamações semelhantes podem ser encontradas em sites de busca, destacando a empresa por esse motivo. “O governo precisa tomar providências contra essa empresa que não honra com os salários”, afirma uma pessoa. “Nossas contas vencem mais caras, vocês não têm essa questão?”, protesta outro.

    Além disso, os funcionários enfrentam dificuldades para contatar a empresa. A reportagem tentou ligar para dois telefones fixos atribuídos à Guard Angel, porém não obteve sucesso. O espaço está aberto para manifestação da empresa.

    Em relação à briga na Escola Cívico-Militar, a Secretaria Municipal de Educação do Rio informou que o diretor solicitou sua exoneração do cargo. Assim, a partir desta sexta-feira (24), a escola terá um novo diretor. O aluno agredido foi atendido na UPA do Engenho Novo, passou por uma tomografia e recebeu alta. A unidade atende turmas do 6º ao 9º ano. A secretaria repudiou veementemente a ocorrência de agressões dentro das escolas. Ambos os estudantes envolvidos na briga receberão apoio psicológico. Além disso, uma sindicância foi aberta para investigar o caso.

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