Pablo era encarregado das cobranças de taxas de comerciantes — Foto: Divulgação / Disque Denúncia
Com auxílio de informações passadas pelo Disque Denúncia, policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca), prenderam nesta segunda-feira, o miliciano Pablo Henrique Santos, de 25 anos. Apontado pela polícia como homem encarregado de efetuar a cobrança de taxas de comerciantes da região da Muzema e Tijuquinha, Pablo foi detido numa casa na Estrada de Jacarepaguá, no Itanhangá, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
De acordo com as investigações, Pablo Henrique integrava a milícia chefiada por Dalmir Pereira Barbosa e seu filho Taillon Alcântara Pereira Barbosa, ambos presos no último dia 31 de outubro pela Polícia Federal e agentes do GAECO do MPRJ. O criminoso que estava foragido executava a cobrança de taxas de comerciantes das comunidades do Rio das Pedras, Muzema e Tijuquinha. Contra Pablo Henrique, constava um mandado de prisão, expedido pela 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio.
O miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa era o alvo dos traficantes que executaram, por engano, o médico Perseu Ribeiro de Almeida, com outros dois colegas, em um quiosque, na Barra da Tijuca, no início de outubro.
As milícias do Rio:
- As milícias são grupos paramilitares, que disputam com os traficantes espaço na subjugação de comunidades carentes e bairros na capital e em outros municípios fluminenses. Em 2005, reportagem do GLOBO revelou que essas quadrilhas formadas por policiais e ex-policiais tinham assumido o controle de 42 favelas na Zona Oeste do Rio.
- Após uma década de expansão e fortalecimento, os grupos milicianos dominam e exploram regiões que se espalham por dezenas de bairros do Rio e no entorno da capital, brigam por novos territórios com um arsenal militar. Corrompem, matam e se infiltram nas instituições. Quase sempre sem punição.
- Em meio a uma crise interna, a maior milícia do Rio deu, no dia 23 de outubro, uma demonstração de força e parou a capital do estado em represália à morte de um dos integrantes de sua cúpula. Após Matheus da Silva Rezende, o Faustão, apontado como número 2 da hierarquia da milícia chefiada por seu tio, Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, ser morto a tiros pela polícia, seus comparsas incendiaram 35 ônibus e um trem e impactaram o transporte público em uma dezena de bairros da Zona Oeste.
Fonte: EXTRA