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    Vítima de assalto no Rio sofre agressão e não consegue registrar crime: ‘Trauma e sensação de ineficiência do poder público’

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    Ponto da Glória onde assalto aconteceu — Foto: Reprodução

    Na madrugada do último sábado (25), dois homens foram assaltados na Rua da Glória, na Zona Sul do Rio. Segundo uma das vítimas, um bancário de 37 anos, um dos criminosos o acertou com um chute na cabeça e quase o atingiu com uma faca. Os suspeitos teriam fugido em direção à Rua Joaquim Silva, onde fica a Escadaria Selarón, um dos principais pontos turísticos do Rio O caso aconteceu por volta das 5 horas da manhã. Após o ocorrido, os amigos ainda foram impedidos de oficializar o registro de ocorrência por não saberem o IMEI, identificação internacional de equipamento móvel, de seus celulares.

    — Estávamos voltando de um samba na Lapa quando dois homens chegaram de bicicleta e anunciaram o assalto. Depois que dei meu celular e carteira, ele pediu para eu desbloquear o aparelho. No choque, eu não conseguia chegar perto dele. Foi nesse momento que ele levantou a faca para me cortar — lembrou o bancário, que entrou em luta corporal com os assaltantes para tentar se defender.

    — O amigo dele me derrubou e me deu um chute na cabeça. Ainda no chão, eles tentaram me atacar com a faca novamente. Eles só não me cortaram porque eu consegui derrubar o homem que estava armado — contou.

    Nesse momento, o amigo conseguiu gritar para pedir ajuda e os criminosos fugiram correndo. Eles levaram dois celulares, um relógio digital, a carteira dos dois e ainda tentaram levar a chave de casa das vítimas.

    — Acho que o intuito era dificultar o acesso a um telefone ou computador para bloquear os cartões — pontuou o bancário.

    Com a confusão, a agentes da Guarda Municipal apareceram e prestaram auxílio aos dois amigos. Eles chegaram a procurar os criminosos no bairro, mas não tiveram sucesso. Após o susto, eles ainda foram impedidos de registrar a ocorrência na 9ª DP. A vítima contou que planejava comprar um imóvel na Glória, mas desistiu depois do crime.

    — O escrivão disse que não podia fazer nada porque eu precisava do IMEI do celular para fazer o boletim de ocorrência. Fomos até lá com o intuito de colocarem uma viatura para patrulhar a região, mas ele se negou a ajudar. O sentimento que fica, além do trauma, é a sensação de ineficiência do poder público. O medo é o que fica —afirmou.

    Procurada, a Polícia Civil não retornou o contato até o momento de publicação desta reportagem.

     

    O que é IMEI?

    O IMEI é o registro do celular, uma espécie de identificação. O ideal é que, ao comprar o aparelho, o consumidor anote o número, que consta na nota fiscal, na caixa do celular e nele próprio. Também basta digitar o código *#06# no teclado do celular, que é possível visualizar o número. Em casos de furto ou roubo, a vítima pode informar o IMEI à polícia, a fim de que os investigadores possam rastreá-lo.

    Depois desse procedimento, os policiais acionam as operadoras de telefonia celular e, assim que alguém inserir o chip no aparelho, será possível fazer o rastreamento, que possibilita a recuperação do telefone.

    Fonte: EXTRA

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