Priscilla Laranjeiras Nunes de Oliveira e Leonardo Lima são acusados de serem responsáveis pela morte do empresário Carlos Eduardo Montechiari, de 56 anos — Foto: Reprodução
Após dois anos, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) julga Priscilla Laranjeiras Nunes de Oliveira, de 44 anos, síndica acusada de ser a mandante da morte do vizinho e empresário Carlos Eduardo Montechiari, de 56 anos, em 2021. De acordo com o RJTV2, da TV Globo, a primeira fase do julgamento consiste na inquisição de testemunhas de acusação.
A primeira testemunha foi uma moradora do prédio que está passando um tempo nos Estados Unidos (EUA) e prestou depoimento via Skype. Em um pouco mais de duas horas, ela reforçou as denúncias de que a síndica havia fraudado notas do condomínio, no valor de cerca de R$ 4 milhões, e que a vítima tinha um drive com todas as provas dos desvios. Os documentos seriam apresentados em uma reunião de condomínio no dia 05 de fevereiro, quatro dias antes da sua morte.
Depois da moradora, o atual síndico foi ouvido. O homem confirmou as fraudes cometidas pela acusada. O supervisor do condomínio, Leonardo Lima, apontado como amante de Priscilla e autor dos disparos que mataram Carlos, foi julgado e condenado a 15 anos de prisão em fevereiro deste ano. O julgamento já dura cerca de 5h e ainda não há previsão de término.
Relembre o caso
Opositor de Priscilla e ex-síndico de um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, o empresário foi baleado no dia 1º de fevereiro, segundo a polícia, pelo ex-paraquedista Leonardo Gomes de Lima, que é casado e mantinha um relacionamento extraconjugal com a síndica.
Segundo investigações da 27ªDP (Vicente de Carvalho), Priscilla teria ordenado a morte do empresário para que ele não denunciasse um suposto desvio de R$ 800 mil, feito durante a administração da síndica em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca. O crime ocorreu em frente a um depósito de gás, no Bairro Vila Kosmos, na Zona Norte do Rio. O empresário foi atingido por tiros quando abria a porta do carro.
A cena flagrada por câmeras de segurança revela que o autor do crime desceu de um Voyage e disparou os tiros. Em seguida, ele entra novamente no automóvel, pelo banco do carona, e deixa o local. Montechiari ainda conseguiu dirigir até um hospital, mas não resistiu e morreu no dia seguinte.
Preso no dia 16 de março, Leonardo confessou o crime e apontou a ex-síndica como a mandante da execução. Ao ser detido, ele estava com o mesmo carro usado na execução.
Amassados na lataria do veículo ajudaram a polícia a identificar o suspeito. De acordo com o delegado Renato Carvalho, da 27ª DP, o ex-paraquedista trabalhava no condomínio que era administrado pela síndica. Priscilla foi presa na mesma data.
Fonte: EXTRA