Ônibus da linha 371, tombado na Avenida Bartolomeu Gusmão, em São Cristóvão — Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Uma das vítimas do acidente desta quarta-feira com o ônibus da linha 371 — que fazia o trajeto entre a Praça da República, no Centro, e a Praça Seca, na Zona Oeste — morreu no Hospital Salgado Filho, no Méier, segundo a TV Globo. Identificado como Washington Costa, de 28 anos, ele não estava a bordo do coletivo e foi atingido pelo veículo enquanto caminhava pela calçada na Avenida Bartolomeu Gusmão, em São Cristóvão.
— Ele foi pego de surpresa. Se estivesse um ou dois passos atrás, o ônibus não teria o atingido — disse a mãe de Washington, Liegi Costa Martins, ao “Bom Dia Rio”, da TV Globo. Segundo ela, o filho estaria de folga nesta quinta-feira e, por isso, não estava indo para casa, em Ramos, mas indo visitar a namorada.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 44 pessoas, incluindo o motorista, foram levadas para hospitais da Região Metropolitana e 17 recusaram atendimento. Segundo a Secretaria estadual de Saúde, as vítimas socorridas pelo Samu foram levadas para os hospitais municipais Salgado Filho, Souza Aguiar, CER Ilha do Governador, além dos hospitais estaduais Alberto Torres e Getúlio Vargas.
Balanço na manhã desta quinta-feira na rede estadual:
- Hospital Getúlio Vargas, na Penha: atendeu 10 vítimas. Oito tiveram alta e outras duas seguem internadas, com quadro estável;
- Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo: atendeu três vítimas. Uma recebeu alta; as outras duas seguem internadas, com quadro estável.
Um passageiro que estava a bordo do coletivo relatou que o motorista estava estressado e teria feito uma curva em alta velocidade, perdendo o controle do veículo. Ele não sofreu escoriações, porque, segundo conta, no momento em que o ônibus tombou, ele conseguiu se segurar na barra de apoio no teto do veículo.
— Eu estava no último banco, o ônibus lotado. O motorista veio correndo, estava estressado, discutia com as pessoas no trânsito e com os passageiros, desde a Avenida Passos. Ele entrou na curva correndo, perdeu o controle e o ônibus virou. Eu tive o reflexo de segurar na barra de apoio na hora. Estou bem, só estou com dor no corpo — conta Carlos Eduardo da Conceição, de 60 anos, que pega a linha todos os dias.
Fonte: EXTRA