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Os casos de dengue no Brasil aumentaram em 2023, atingindo 1,6 milhão de ocorrências, representando um aumento de 15,8% em relação ao ano anterior. Embora a taxa de letalidade tenha permanecido em 0,07%, houve um total de 1.053 mortes confirmadas em 2023, comparadas às 999 do ano anterior.
O aumento foi atribuído a vários fatores, como mudanças climáticas, aumento das chuvas e mudança na circulação do vírus. Os estados com maior incidência foram Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás.
Quanto à chikungunya, houve uma redução de 45% nos casos notificados em 2023 em comparação com o ano anterior. No entanto, foram confirmadas 100 mortes pela doença, concentradas principalmente em Minas Gerais, Tocantins e Espírito Santo. Os casos de zika apresentaram um aumento mínimo de 1% em relação a 2022, com 7.275 mil ocorrências, sem registro de óbitos.
Os criadouros do mosquito Aedes aegypti estão predominantemente em domicílios, como vasos de plantas e recipientes diversos. O levantamento apontou que depósitos elevados de água e no nível do solo também são focos significativos de procriação do mosquito.
O Ministério da Saúde alertou para o aumento esperado nos casos de dengue no próximo verão, devido às mudanças climáticas e ao ressurgimento dos sorotipos 3 e 4 do vírus no Brasil. O órgão destinou R$ 256 milhões para o fortalecimento da vigilância das arboviroses e está avaliando a incorporação da vacina Qdenga ao SUS. Além disso, está ampliando o método Wolbachia, que visa inibir a transmissão de doenças pelo Aedes aegypti, em diversas localidades do país.