André Luiz Chapeta, de 50 anos, ficou com o corpo em chamas na frente da mulher, Ana Maria Paixão. Foto: Reprodução/Redes sociais
Ana Maria Paixão disse aos investigadores que perdeu a cabeça e queria apenas dar um ‘susto’ em André Luiz de Amorim
Ana Maria Paixão, responsável por atear fogo no próprio marido, André Luiz de Amorim Chapeta, de 50 anos, e matá-lo, foi presa na tarde desta segunda-feira (11), por policiais da 38ª DP (Brás de Pina). Ela foi localizada na casa onde morava com o companheiro na Rua Cristiano Machado, no bairro Jardim América, Zona Norte. A vítima morreu na sexta-feira passada (8) após quatro dias internada no Hospital Estadual Getúlio Vargas.
De acordo com as investigações, Ana Maria agiu por ciúme do marido, com quem era casada há 30 anos. O crime aconteceu na madrugada desta segunda-feira (4), dentro de uma peixaria na Rua Cari Levi, e foi flagrado por câmeras de segurança do estabelecimento. Para o delegado Flávio Rodrigues, titular da 38ª DP e responsável pelas investigações, as imagens foram fundamentais para o pedido de prisão temporária de Ana. Ele também destaca que o registro mostra a frieza da mulher ao ver o marido incendiado.
Nas imagens é possível vê-la jogando álcool no corpo da vítima e, em seguida, acendendo um isqueiro. No momento em que ela joga o líquido inflamável, ele permanece sentado e aparenta não acreditar que ela seria capaz de o incendiar. Após o fogo se alastrar, ele corre em chamas em direção ao interior do estabelecimento.
Testemunhas disseram que o casal mantinha um longo histórico de discussões por ciúme. A acusada disse que no momento perdeu a cabeça e queria apenas dar um “susto” no marido. André, mesmo em estado gravíssimo no hospital, chegou a falar com os investigadores um dia antes de morrer.
Contra Ana Maria foi cumprido um mandado de prisão expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro. Ela vai responder por homicídio qualificado por meio cruel, por conta da utilização de fogo, e motivo fútil, já que agiu por ciúme.
André Luiz foi enterrado na tarde de sábado (9), no Cemitério de Irajá, Zona Norte do Rio.
Fonte: O DIA