PF e MPRJ investigam milícia no Rio de Janeiro em segunda fase da operação Dinastia. Foto: Reginaldo Pimenta/ Agência O Dia
Grupo paramilitar, liderado por Zinho, detalhava em planilhas os resultados das extorsões na Zona Oeste
A milícia de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, arrecadou mais de R$ 308 mil com cobranças de “taxas de segurança” a construtoras na Zona Oeste do Rio, apenas no mês de fevereiro. Segundo as investigações do Ministério Público do Rio (MPRJ) e Polícia Federal, o grupo paramilitar detalhava os resultados das extorsões em planilhas.
Ainda segundo as investigações, para esconder a origem e a localização do dinheiro ilícito, os milicianos usavam diversas contas bancárias para receberem os pagamentos ilegais. A PF e MPRJ também descobriram que o grupo de Zinho recebeu ajuda da deputada estadual Lucinha (PSD) em 2021. Trocas de mensagens entre ela e o braça direito do miliciano mais procurado do Rio, Domício Barbosa de Souza, vulgo Dom, desencadearam a Operação Batismo, nesta segunda-feira (19).
Na denúncia são narrados cinco episódios nos quais Lucinha teria interferido para beneficiar a organização paramilitar, tanto para favorecer os interesses do grupo quanto para protegê-los de operações de autoridades policiais.
Segunda fase da Operação Dinastia
A PF e MPRJ realizam, nesta terça-feira (19), a segunda fase da Operação Dinastia, que tem o objetivo de prender Zinho e outros 11 integrantes de seu ‘bando’. Cinco pessoas já foram presas na operação. São eles: Alessandro Calderaro, Delson Xavier de Oliveira, Jaaziel de Paula Ferreira, Renato de Paula da Silva e William Pereira de Souza.
Também foram apreendidos documentos, armas de fogo e diversos celulares. Os agentes cumprem 12 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca e apreensão contra integrantes da milícia que atua em territórios da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ).
Fonte: O DIA