Durante esta quinta-feira (21), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, expressou confiança de que o desfecho da investigação sobre a trágica morte da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e seu motorista, Anderson Gomes, está próximo. Ele afirmou que “em breve será integralmente elucidado” durante a entrega de 700 viaturas para o Plano de Ação na Segurança (PAS) e o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci 2), no Palácio da Justiça, em Brasília.
Dino reiterou o compromisso anterior de buscar a resolução definitiva do caso Marielle Franco, reconhecendo que, embora não tenha controle direto sobre as investigações por não ser policial, acredita firmemente no desfecho positivo. Ele destacou a dedicação da Polícia Federal (PF), mantendo uma equipe exclusiva para esse caso e ressaltou a importância simbólica e política de esclarecer essas mortes, especialmente para o universo feminino.
O ministro também mencionou que o inquérito ganhou novos elementos com a inclusão da delação do ex-policial militar Élcio Queiroz, fornecendo informações adicionais para impulsionar o caso.
Marielle Franco foi uma socióloga e ativista cuja luta pelos direitos humanos, igualdade de gênero e justiça social a destacou como uma das vozes mais proeminentes na defesa das comunidades marginalizadas. O assassinato brutal da parlamentar e de seu motorista, Anderson Gomes, completou cinco anos em 2023, ainda sem esclarecimentos sobre quem encomendou o crime perpetrado em 14 de março de 2018.
Apesar da prisão de Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa em 2019, acusados respectivamente de atirar contra Marielle e dirigir o veículo usado no assassinato, o processo legal segue sem julgamento após quatro anos. Ambos permanecem detidos em penitenciárias federais de segurança máxima. Além disso, o ex-bombeiro Maxwell Corrêa também foi preso por seu envolvimento no crime, tendo sido condenado por obstruir as investigações e cumprindo pena em regime aberto.
As investigações, conduzidas pela Polícia Federal e Polícia Civil do Rio de Janeiro, seguem em curso, buscando encontrar respostas conclusivas para um caso que gerou comoção nacional e internacional.