PF e Gaeco cumprem mandados de busca e apreensão em endereços ligados a grupo suspeito de fraude em licitação — Foto: Divulgação
Foram mais de 73 ações penais ajuizadas, 483 denunciados e 67 operações deflagradas contra tráfico de drogas, milícia armada, contravenção, pirâmide financeira
Ao longo de 2023, mais de 400 pessoas investigadas por crimes como tráfico de drogas, milícia armada, contravenção, pirâmide financeira e outras práticas, foram denunciadas à Justiça pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio (GAECO/MPRJ). Ao todo foram 483 denunciados, 73 ações penais ajuizadas e 67 operações deflagradas. Somente de janeiro a dezembro de 2023, o Gaeco requereu à Justiça o bloqueio de mais de R$ 9 milhões dos investigados, com o objetivo do órgão de asfixiar financeira as organizações criminosas
Entre os trabalhos executados ao longo deste ano contra milícias está a 2ª fase da operação Dinastia, deflagrada pelo Gaeco em parceria com a Polícia Federal, no último dia 19, que cumpriu mandados de prisão contra integrantes da milícia comandada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, que atua em bairros da Zona Oeste. O criminoso que estava foragido se entregou à Justiça, cinco dias após ação, na véspera de Natal.
O órgão, por meio da Força-Tarefa Marielle e Anderson (FTMA/MPRJ), em parceria com a Polícia Federal, realizou também a operação Élpis, que prendeu o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, em julho, após delação premiada do ex-PM Élcio de Queiroz. À Justiça, ao MP e a Polícia Federal, Queiroz apontou a participação de Maxwell na morte da parlamentar e de seu motorista, em 2018.
De acordo com a PF e o MP, além do monitoramento dos passos da vereadora, a participação do ex-bombeiro englobaria, ainda, a troca da placa do carro usado no assassinato e o desmanche do veículo. Cápsulas e munições usadas no crime também teriam sido desfeitas por Suel.
No combate a crimes ligados a exploração de jogos de azar, o Gaeco e a Polícia Civil deflagraram, também em julho, a operação Às de Ouro II, para prender o contraventor Bernardo Bello e outros cinco integrantes da organização criminosa, pelo assassinato de um advogado, ocorrido em maio de 2022, em Niterói. De acordo com as investigações, Bernardo e o braço financeiro da organização, Allan Diego Magalhães Aguiar, foram os mandantes do crime, que contou com a participação dos outros quatro denunciados. No fim de novembro, o chefe da contravenção que atua na Zona Norte do Rio de Janeiro foi preso.
Já no combate à ocupação irregular, a Força-Tarefa de Enfrentamento à Ocupação Irregular do Solo Urbano (GAECO/FT-OIS) em parceria com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) do Rio, realizou operações para demolição de construções irregulares em áreas dominadas pelo tráfico e pela milícia. Foram dezenas de ações realizadas na Rocinha, na Maré, no Recreio dos Bandeirantes, na Barra da Tijuca entre outros bairros.
Em ações contra traficantes, os promotores e a PF prenderam, na operação Pontual, o integrante de organização criminosa responsável pelo tráfico de drogas e o roubo de cargas em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. O preso também transportava traficantes, armas e drogas entre diversas comunidades dominadas por uma das principais facções do Rio.
Fonte: EXTRA