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    Moradores da Zona Portuária fazem protesto após adolescente morrer atropelado por ônibus

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    O adolescente morreu após atingido por um ônibus na Zona Portuária. Foto: Arquivo Pessoal

    Gustavo Santos de Souza, 15 anos, andava de bicicleta próximo ao Túnel João Ricardo quando foi atingido

    Moradores da Zona Portuária fizeram uma manifestação na tarde deste sábado (30), na Gamboa, em memória do adolescente Gustavo José Santos de Souza, de 15 anos. Ele morreu na última terça-feira (26) depois de ser atropelado por um ônibus da Viação Tinguá enquanto andava de bicicleta próximo à Rua Rivadávia Corrêa. Parentes e amigos do jovem caminharam pelo Túnel João Ricardo, que fica embaixo do Morro da Providência, após retornarem do sepultamento de Gustavo, no Cemitério do Caju. O grupo cobrou melhorias na infraestrutura da região.

    De acordo com testemunhas, Gustavo ia em direção à Vila Olímpica da Gamboa para assistir a um campeonato de futebol quando aconteceu a tragédia. O ônibus só teria parado alguns metros depois, quando a bicicleta, que ficou toda retorcida, se enroscou na roda do coletivo, obrigando-o a parar. O motorista, em choque, desceu do veículo e, com a chegada de policiais militares, foi retirado do local.

    Irmã do adolescente, Tauane Marques, de 28 anos, contou que ele teria sido atingido na ciclovia da região, e pediu mais atenção ao trânsito do local. “Ele estava na ciclovia e, ainda assim, foi atropelado. Naquela região sempre tem acidente. Somente nos últimos dois anos, quatro pessoas morreram, incluindo meu irmão. As autoridades vão esperar até quando para fazer alguma coisa?”, criticou.

    Ela também lamentou a perda. “Muita tristeza! Ele não queria morrer, queria viver. Ele tinha se inscrito para um campeonato de jiu-jitsu e queria ser advogado. Era um menino que tinha sonhos”, disse. Tauane contou, ainda, que os pais estão inconsoláveis.

    Para Caroline Alves, 32, monitora do projeto social Diamantes da Favela, onde Gustavo praticava jiu-jitsu, a morte do menino abalou a todos. “Ele era um dos melhores que nós tínhamos, tanto que todos os outros alunos foram se despedir dele.”

    De acordo com o Corpo de Bombeiros, uma viatura da corporação foi acionada às 19h22h da última terça-feira para verificar uma colisão entre um ônibus e uma bicicleta na Rua da Gamboa, atrás da Cidade do Samba. Ao chegarem ao local, verificaram que a vítima era um adolescente e o conduziram para o Hospital Municipal Souza Aguiar. No entanto a Secretaria Municipal de Saúde informou que o adolescente chegou sem vida à unidade.

    A assessoria da Polícia Militar informou que o Corpo de Bombeiros assumiu a ocorrência no local e o motorista do coletivo foi conduzido à delegacia.

    Em nota, a Polícia Civil disse que periciou o local do acidente e que o condutor prestou depoimento na 4ª DP (Presidente Vargas). A assessoria acrescentou que “está realizando diligências para esclarecer os fatos”.

    Procurada por O DIA, a CET-Rio informou que, desde 2022, existe ciclofaixa na Rua Rivadávia Corrêa, desde a Rua da Gamboa e junto à Cidade do Samba. O órgão ressaltou que o dispositivo é protegido por “buffer”, área se segurança delimitada por pintura que afasta os veículos dos ciclistas e que não existe nenhum registro de acidentes nessa ciclofaixa.

    O órgão disse, ainda, que o limite de velocidade na via é de 50km/h e que vai aguardar o resultado da perícia para esclarecer as causas do acidente com o ciclista.

    Responsáveis questionam viação

    Outra reclamação de Caroline seria a falta de suporte por parte da Viação Tinguá. Segundo a diretora do projeto social, a família de Gustavo não tinha condições financeiras de arcar com as despesas do velório.

    “Nós só conseguimos enterrar ele hoje (sábado), três dias depois. A empresa não procurou ninguém da família e somente hoje se ofereceram para pagar o enterro”, reclamou. Ainda de acordo com Caroline, um funcionário da viação, identificado como Claudio Henrique Resende, compareceu ao cemitério para “prestar solidariedade”.

    A assessoria da Semove, instituição que representa as empresas de ônibus intermunicipais, negou a falta de assistência.

    “A Transportadora Tinguá lamenta profundamente o acidente e está cooperando com as autoridades na investigação do acidente. A empresa se solidariza com a dor da família e prestou o amparo necessário e solicitado pelos familiares desde o ocorrido”, declarou a empresa, através da assessoria.

    Fonte: O DIA

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