'Família Braga' foi formada pelos irmãos arlos da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, e ao Wellington da Silva Braga, o Ecko, e Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. — Foto: Reprodução — Foto: Reprodução
Grupo paramilitar se autodenomina como ‘Bonde do Zinho’, ‘Família Braga’ ou ‘Tropa do Z’
“Bonde do Zinho”, “Família Braga” ou “Tropa do Z”. A milícia chefia por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, preso na véspera do Natal, é vista por seus integrantes como uma família. Na organização, os envolvidos encaram as atividades criminosas como uma missão e a relação com os chefes é feita paternalmente, como mostra uma conversa extraída pela polícia após a prisão de Rodrigo dos Santos, conhecido como Latrell, em março de 2022. Além de confirmar como funciona o esquema da quadrilha, as mensagens extraídas do telefone do acusado, que, na época, era o segundo homem na hierarquia do grupo paramilitar, possibilitou que a polícia conhecesse o funcionamento interno da milícia e mostrou como é a relação de lealdade entre seus integrantes.
Em uma das mensagens extraídas, no que parece ser um texto de comemoração de aniversário, Latrell agradece por ganhar “mais um dia para ceifar” a vida dos inimigos. Na mensagem, ele diz que enquanto não chega o dia de sua morte, segue “cumprindo a sua missão” e no fim assina com o nome da milícia do Zinho.
Em uma das mensagens extraídas, no que parece ser um texto de comemoração de aniversário, Latrell agradece por ganhar “mais um dia para ceifar” a vida dos inimigos. Na mensagem, ele diz que enquanto não chega o dia de sua morte, segue “cumprindo a sua missão” e no fim assina com o nome da milícia do Zinho.
Em outra, um dos integrantes manda um texto para Latrell no dia 13 de março de 2022. Na época, ele tinha saído do Rio de Janeiro e ido para São Paulo, onde acabou preso quatro dias depois. Na conversa, um miliciano chama Latrell de “pai” e diz: “você é nosso espelho, nós somos leais a família braga, coisas que o CL e nosso pai Ecko nos ensinou” — fazendo referência a Carlos da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, e ao Wellington da Silva Braga, o Ecko, irmãos de Zinho. Eles morreram nos anos de 2017 e 2021, respectivamente.
Na mensagem, ele fala da milícia como uma empresa: “tu não é importante só para empresa não, mano. Tu é importante para nossas vidas também, para nossa convivência e aprendizado”.
Fonte: EXTRA