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    Animais vítimas de maus-tratos são resgatados de casa de mulher presa por homicídio na Pavuna

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    Seis animais, vítimas de maus-tratos e abandonados por Alba Samuraia Dias Santos, que está presa pelo homicídio do vendedor de água Celso Ferreira da Silva, foram resgatados nesta sexta-feira (5) da residência da mulher, localizada na Pavuna, Zona Norte do Rio. A ação foi conduzida pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais (SMPDA).

    No local, foram encontrados uma arara, dois jabutis, uma cadela idosa da raça São Bernardo e duas cadelas da raça Buldogue Francês. O secretário Flávio Ganem relatou que os animais estavam há dias sem água e comida, em um estado severo de desnutrição. O abandono ocorreu em 28 de dezembro, quando Alba e seus filhos, Helder Santos de Oliveira e Juliana Santos de Oliveira, deixaram o bairro após o homicídio.

    “Os animais estavam em condições de desnutrição severa, sem água e comida por dias, em um ambiente completamente insalubre. As cadelas foram encaminhadas ao Abrigo Municipal Fazenda Modelo, receberam cuidados veterinários, foram microchipadas e estão prontas para adoção responsável”, declarou Ganem.

    Além do envolvimento no homicídio, a família também será responsabilizada por maus-tratos e abandono dos animais. Em caso de condenação, a pena pode ser de dois a cinco anos de prisão, além da sentença pelo homicídio do vendedor.

    Segundo a SMPDA, o Abrigo Municipal Fazenda Modelo tem cerca de 700 animais, entre cães e gatos, disponíveis para adoção. Para adotar, basta entrar em contato pelo WhatsApp (21) 97733-0193.

    A arara e os jabutis foram encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), gerenciado pelo Ibama, em Seropédica, na Baixada Fluminense.

    Prisão preventiva convertida

    O juiz Pedro Ivo Martins Caruso D’Ippolito, da 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), converteu a prisão em flagrante da família para preventiva durante audiência de custódia realizada hoje. Alba, Helder e Juliana são acusados pelo homicídio de Celso, ocorrido em 28 de dezembro.

    O magistrado mencionou a existência de provas, como depoimentos de testemunhas à polícia e registros de apreensão e remoção do cadáver, suficientes para apontar a autoria do crime pela família. A prisão preventiva visa garantir a ordem pública e prevenir outros possíveis delitos se os suspeitos permanecerem em liberdade.

    “Diante da gravidade do crime, a inação do Poder Judiciário poderia ameaçar a paz social e ter consequências prejudiciais na sociedade, já afetada pela criminalidade. A apresentação de elementos concretos sobre a necessidade de garantir a ordem pública, devido a práticas repetidas de crimes contra o patrimônio, é justificativa suficiente para a prisão preventiva, que não configura coerção ilegal. A manutenção da ordem pública também inclui proteger a sociedade e preservar a credibilidade da justiça, dissuadindo a repetição de atos criminosos”, afirmou.

    Alba, Heitor e Juliana foram detidos na quarta-feira (3) na Ponte Rio-Niterói enquanto retornavam de carro de uma pousada em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, para o Rio. A ação foi conduzida por agentes da 39ª DP (Pavuna) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

    Segundo as investigações, a vítima vendia água mineral e foi ao depósito de bebidas administrado pela família na Pavuna, Zona Norte do Rio, para cobrar uma dívida. No local, ocorreu um desentendimento entre Celso e Helder, resultando em uma briga. Alba interveio, disparou contra o vendedor, que foi atingido, mas conseguiu fugir.

    Durante a fuga, Helder também teria tentado atirar contra a vítima enquanto a seguia. Celso caiu e, estando no chão, Juliana desferiu facadas em seu rosto. A mãe dos jovens teria então usado o carro para passar por cima do corpo do vendedor mais de uma vez.

    Após o crime, os suspeitos colocaram o corpo da vítima no carro e percorreram cerca de 80 km até uma área de mata próximo à BR-101, altura de Tanguá, na Região Metropolitana do Rio, onde o cadáver foi queimado “com o claro objetivo de ocultar o cadáver e dificultar a investigação criminal”, segundo o juiz. Um laudo revelou duas lesões por projétil de arma de fogo no corpo.

    Helder indicou o local onde o cadáver estava. Ele e a irmã foram encontrados com queimaduras nos pés. Júlia, informalmente questionada sobre os ferimentos, admitiu ter jogado gasolina no corpo de Celso enquanto o irmão ateava fogo. Esses detalhes foram confirmados pelo jovem.

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