Médico foi preso em casa, na Freguesia, Zona Oeste da cidade. Foto: Divulgação
Em março do ano passado, Lindama Benjamin de Oliveira, de 58 anos, teve uma perfuração no intestino que culminou em hemorragia
O mandado de prisão contra o médico foi expedido nesta quarta-feira (10). No pedido, a juíza Tula Correa Mello informou que Heriberto, de forma livre e consciente, assumiu o risco de matar. “O denunciado, de forma livre e consciente, no exercício de sua profissão de médico, assumiu o risco de matar Lindama, causando-lhe as lesões corporais descritas nos exames de necropsia inicial e complementar, no exame histopatológico e demais laudos complementares acostados no bojo da investigação, as quais foram a causa única e eficiente de sua morte”, escreveu. A defesa do médico terá 10 dias para apresentar provas e respostas.
O laudo de exame de necropsia constatou que Lindama teve uma perfuração no intestino e hemorragia, sendo descrito perfuração em três pontos na borda intestinal. A vítima começou a ter complicações logo após o procedimento e só foi levada para o Hospital Semiu, na Zona Norte, horas depois já em estado grave. A empresária teve uma parada cardíaca e morreu na ambulância à caminho da unidade. A lipoaspiração custou R$ 16 mil e a Clínica Vitée Cirurgia Plástica e Estética, onde ela permaneceu após os procedimentos, não tinha CTI e nem recursos para socorrer a paciente em caso de intercorrências.
O advogado Jairo Magalhães, que defende a família de Lindama, ressaltou que o médico é alvo de outras investigações. “É importante esclarecer que já existem outras três investigações relacionadas a ele, e outros processos cíveis de indenização também. Isso é um alerta para as pessoas que vão fazer procedimentos estéticos, é preciso tomar muito cuidado com o profissional porque se ele tivesse tomado esse cuidado, a Lindama poderia estar viva hoje”, ressaltou, em entrevista ao DIA.
A defesa disse, ainda, que entrou com um pedido para suspender o registro médico. No entanto, não obteve retorno. No site do Cremerj, o registro de Heriberto aparece como ativo. Procurado pelo DIA, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro ainda não retornou. O espaço está aberto para manifestações.
Fonte: O DIA