O frentista José Pedro Silva de Oliveira, de 63 anos, encontra-se desaparecido desde a noite de sábado (13), quando uma tempestade atingiu a Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O trabalhador saiu do emprego em Marechal Hermes, Zona Norte da cidade, por volta das 22h, e desde então, seus familiares não tiveram mais notícias.
De acordo com a cunhada de José Pedro, Elaine Monteiro, de 49 anos, diante das ruas alagadas, ele caminhou do posto de gasolina onde trabalha, na Rua Aurélio Valporto, em direção ao ponto de ônibus com o objetivo de chegar em casa, no Morro Jorge Turco, em Coelho Neto. “O colega dele disse que ele achou que dava para ir mesmo chovendo, e dali para lá, não apareceu mais. Estamos angustiados porque não temos nenhuma posição”, relatou em entrevista ao DIA.
A família já percorreu hospitais da Zona Norte e também buscou informações no Instituto Médico Legal (IML) do Centro do Rio, mas até agora não obteve respostas sobre o paradeiro do frentista. “Fui no IML ontem à noite, no Souza Aguiar, Salgado Filho, Getúlio Vargas, mas ainda não temos nada. A gente não pode afirmar que ele se afogou porque não temos certeza; enquanto há vida, há esperança”, ressaltou Elaine.
Na manhã desta segunda-feira (15), a família do frentista registrou o desaparecimento na 40ª DP (Honório Gurgel). “Estamos na expectativa de encontrá-lo, mas não temos certeza de nada; ainda não encontramos o corpo, nem nada. Não dá para afirmar se ele está vivo ou morto, mas continuamos na esperança porque a esperança é a última que morre”, disse Elaine.
Na noite em que desapareceu, José Pedro estava usando o uniforme de trabalho, uma mochila do Flamengo com a carteira e documentos. A família busca pelo rapaz desde a manhã de domingo (14) quando ele não retornou para casa nem ao trabalho.
A Polícia Civil informou que o caso foi registrado na 40ª DP (Honório Gurgel) e encaminhado à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), que dará continuidade às investigações. Segundo a corporação, diligências estão em andamento para localizá-lo.
A forte chuva que atingiu a Região Metropolitana do Rio causou estragos significativos, resultando em doze mortes e uma pessoa desaparecida. Entre as vítimas, um homem foi encontrado morto após desabamento em Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte. Marli Zeferino Alves, 77 anos, em Acari, foi vítima de afogamento, e Terezinha do Carmo Cassimiro, de 55 anos, morreu soterrada no Complexo da Pedreira. Outras nove pessoas perderam a vida na Baixada Fluminense, levando a prefeitura do Rio a decretar situação de emergência.