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‘Estamos mortos, queremos respostas’, afirma pai de Edson Davi após 25º dia de buscas

“Estamos desesperados, buscamos respostas”, lamentou Edson dos Santos Almeida, pai de Edson Davi, de apenas 6 anos, em mais um dia de protestos e busca incansável por seu filho desaparecido desde o dia 4 de janeiro. Nesta segunda-feira (29), completando o 25º dia de buscas, os bombeiros continuam os esforços no mar da Barra da Tijuca. Simultaneamente, familiares do menino retornaram ao posto 4 da praia da Barra, estendendo faixas para chamar a atenção das autoridades e solicitando acesso às câmeras de segurança.

Recentemente, a polícia descobriu novas imagens mostrando Davi na barraca de seu pai, por volta das 16h46. Segundo Edson, essas imagens indicam que havia muitas pessoas na praia naquele momento, e se o menino tivesse entrado no mar, a família teria sido alertada. “Por volta das 17h, eu percebi que ele estava sumido. Minha esposa ligou. Pedi para um funcionário meu ir até a margem para procurá-lo e fiquei desesperado. Foi próximo a um hotel onde havia muito movimento de crianças, e eu não o vi. Subi ao lado do quiosque, depois fui a um estacionamento onde todos o conheciam, procurei em cada canto”, disse o pai.

“Se ele tivesse entrado na água, as pessoas que estavam ali teriam me avisado. Ele não entraria na água sozinho; ele tinha medo. No horário em que estava jogando futebol, as pessoas foram embora, e ele foi direto para a barraca. Desde aquele momento, ele desapareceu. Por volta das 17h, não vi mais o Davi. Não foi afogamento; todos aqui o conhecem e dizem que ele não entraria na água. Ele é um menino esperto, comunicativo, sabe o que é certo e errado. Eu digo: alguém o levou”, argumentou o pai.

Tanto Édson quanto Marize Araújo, a mãe de Davi, interromperam suas atividades na barraca desde o desaparecimento do menino e relatam que ainda não conseguiram retomar suas rotinas devido à dor causada pela ausência do filho.

Enquanto isso, o Corpo de Bombeiros continua as buscas pelo 25º dia, expandindo os esforços para além do posto 4 na praia da Barra da Tijuca. As equipes, tanto na areia quanto no mar, incluem militares em embarcações e o uso de drones.

As buscas abrangem toda a orla das praias da Barra, Recreio, Guaratiba e Sepetiba, além de sobrevoos diários nas praias da capital e Niterói. A ampliação da área de atuação considera as correntes marítimas e a possibilidade de deslocamento da vítima para pontos mais distantes da costa. Mergulhadores permanecem monitorando as praias, e não há uma data prevista para o término da operação.

A investigação do caso Edson Davi está sob responsabilidade da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). A principal hipótese é de afogamento, mas a família não aceita essa linha de investigação. Os pais do menino e outras testemunhas já foram ouvidos, incluindo a família de turistas argentinos que foi vista brincando com ele.

Relembrando o caso, Edson Davi desapareceu em 4 de janeiro enquanto brincava perto da barraca dos pais, por volta das 16h30, no posto 4, na Praia da Barra. Investigações indicam que o menino entrou no mar pelo menos três vezes, sendo repreendido pelo pai em uma delas. Nos últimos dias 10 e 13, familiares realizaram manifestações pedindo mais informações e contestaram a hipótese de afogamento, afirmando que acreditam que ele está vivo.

O menino estava vestindo uma camisa de manga térmica preta, uma bermuda da mesma cor e estava descalço quando desapareceu. O Disque Denúncia pede ajuda para localizar a criança e recebe informações pelos telefones (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177, pelo WhatsApp Anônimo no (21) 2253-1177, pelo WhatsApp dos Desaparecidos no (21) 98849-6254 e pelo aplicativo Disque Denúncia RJ. O anonimato é garantido.

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