Soldados israelenses na Faixa de Gaza. Foto: AFP
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Neste domingo, 28, as autoridades do Egito, Catar e Israel se reuniram com o diretor da CIA, William Burns, em Paris, para discutir um eventual acordo para uma trégua na guerra de Gaza, segundo informaram fontes próximas aos participantes das reuniões.
Egito, Catar, Estados Unidos e Israel também entraram em contato com as autoridades francesas com o objetivo de avançar em direção a um acordo que inclua uma trégua nos combates e a libertação de reféns retidos pelo grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.
Uma fonte do setor de Defesa afirmou na sexta-feira à AFP que o presidente americano, Joe Biden, enviaria o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) à capital francesa para reuniões nos “próximos dias” com seus pares israelense e egípcio, além do primeiro-ministro catari.
As reuniões começaram no sábado e prosseguiram neste domingo.
Biden conversou durante o fim de semana com o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, sobre “os últimos acontecimentos em Israel e Gaza”, mas a Casa Branca destacou que nenhum anúncio iminente estava previsto.
A guerra começou em 7 de outubro com o ataque de terroristas do Hamas, que mataram quase 1.140 pessoas, a maioria civis, e sequestraram quase 250 no sul de Israel, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
Mais de 100 reféns foram libertados no fim de novembro durante uma trégua. De acordo com as autoridades israelenses, 132 permanecem retidos em território palestino e o governo acredita que 28 estão mortos.
Em resposta, Israel executa uma ofensiva aérea e terrestre que deixou pelo menos 26.422 mortos até o momento, a maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas.
O jornal New York Times informou que o acordo discutido em Paris aborda uma possível primeira trégua de 30 dias que permitiria a libertação de mulheres e dos reféns mais idosos e feridos.
Durante o período, as duas partes negociariam uma segunda fase, que também teria duração de 30 dias e permitiria a libertação dos homens e dos soldados.
Segundo o jornal, o acordo também incluiria a libertação de palestinos detidos em penitenciárias de Israel.
Fonte: O DIA