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    Enredo da Acadêmicos do Caxito contará a história da escravidão negra do Brasil

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    Foto: Bernardo Gomes

    A Acadêmicos do Caxito se prepara para desfilar sob os holofotes do Maricarnaval 2024, que acontece na terça-feira de carnaval (13/02), a partir das 20h, na Passarela Adélia Breve (Rua Abreu Rangel, no Centro). Fundada em 03 de março de 2018, no Bairro do Caxito, a escola teve como idealizadores a família Maciel: Leonardo, Matheus e Áurea Christina Maciel.

    Participando do tradicional desfile do Maricarnaval 2024, organizado pela Prefeitura de Maricá, a escola apresenta a segunda agremiação, que faz parte do grupo de acesso e carrega a tradição das cores oficiais da escola: vermelho, amarelo ouro e branco. O enredo “Dos tumbeiros às favelas, a resistência de um povo no sonho de liberdade”, assinado pelo carnavalesco Diogo Porthella, que conta a história da escravidão negra do Brasil e toda a árvore genealógica de preconceito que existe hoje no país e que fará refletir se realmente estamos “libertos”.

    A escola tem como mascote o Falcão Real e a padroeira Nossa Senhora Aparecida. Com o mestre da bateria Glauco Vianna, as rainhas de bateria Pamela da Nobrega e Ananda Santos, os casais de mestre-sala e porta-bandeira Maycon Pallavine e Sued Monteiro e Ângelo e Lara Costa, a escola promete elevar o enredo e contar um pouco da história não contada.

    O presidente Leonardo Maciel Dutra mencionou que nas cores do pavilhão da escola, a agremiação garante um desfile cheio de garra e força mostrando a negritude de um povo. “É sempre gratificante participar e poder levar alegria e história para a grande passarela. Vamos falar de energia das várias formas, de várias vertentes, e que culminou na nossa história. Isso tudo através das histórias de um Griô, o sábio mais velho, os negros vindos de África, onde eram membros da realeza, foram capturados por rivais, vencidos, escravizados e levados para o novo mundo, onde sofreram por anos de açoites e grilhões, lutando por liberdade até a abolição, esta fantasiada de uma falsa liberdade, tendo como o preconceito uma forma escravidão, vivida até hoje”, disse.

    Sobre a história da escola

    No dia 15 de novembro de 2018, a Agremiação participou do 1º Dia Mundial do Samba, que foi organizado pela Liga das Agremiações Carnavalescas de Maricá (Lacam) e Prefeitura Municipal de Maricá.

    Em 2019, além de comemorar o primeiro aniversário, anunciou o nome da escola de samba Garras de Ouro como sendo a sua madrinha. No mesmo ano, por motivo de força maior, optou por não desfilar em 2020.

    No dia 11 de abril de 2021, em um movimento das Secretarias de Cultura e de Turismo de Maricá, juntamente com a Codemar, foi realizada a 1º Roda Cultural, onde além da nossa agremiação participaram junto as escolas co-irmãs.

    O enredo “Dos tumbeiros às favelas, a resistência de um povo no sonho de liberdade”, assinado pelo carnavalesco Diogo Porthella, foi apresentado em uma “Live”, no dia 20 de novembro de 2021, transmitida pelo canal do YouTube da Acadêmicos do Caxito, durante a pandemia da Covid-19.

    Samba-enredo Acadêmicos do Caxito

    “Dos tumbeiros às favelas, a resistência de um povo no sonho de liberdade”

    Compositores: Gigi da Estiva, Chiquinho Inspiração, André Quintanilha, William Neves, Maycon França e Alexandre Reis.

    Ogun yê
    Minha Raiz, eu sou obà
    Atravessei o mar
    Com os irmãos da cor
    Guerreiros ancestrais em sofrimento
    O sol e a lua testemunhas do lamento
    Aportei nos braços de Yemanjá
    Em solo distante cruel destino
    Me ergui com fé nos orisás
    Sou resistência, sou baobá

    Meu povo lutou
    Pagou com a própria vida
    História marcada, lágrimas feridas BIS
    A senzala não foi capaz
    De romper os laços com meus ancestrais

    No dia 13 aboliu-se a chibata
    Falsas esperanças, ilusão assinada
    Mesmo liberto dos “grilhões da dor”
    A “pele preta” ainda é descriminada
    Favela ô favela
    que vive em prece contra o som opressor
    É meu terreiro onde o samba se criou
    Favela, ô favela
    É meu terreiro onde o samba se criou
    Nossa gente só quer ter valor
    Me diz quem nunca sonhou
    Em ver o filho ser chamado de doutor

    Meu quilombo e tricolor
    Eu sou Caxito bato no peito
    Tenho orgulho sim sinhô
    Laroyê! Ina ina mojúbà
    Ina, ina mojúbà

    Comissão de Frente:
    Andrew Moura

    Diretor da Ala Musical:
    Jander Lourenço

    Intérprete
    Jander Lourenço e Beatriz Quintino

    Voz de Apoio:
    Maycon França, Exdras Araújo e Trancy Ragel

    Cavaco
    Leonardo Alves e Willian Martins

    Violão 7 Cordas:
    Pedro Henrique

    Mestre da Bateria
    Glauco Vianna

    Rainha da Bateria
    Pamela da Nobrega

    Rainha da Bateria
    Ananda Santos

    1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira
    Maycon Pallavine e Sued Monteiro

    2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira
    Ângelo e Lara Costa

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    Sara Celestino
    Sara Celestinohttps://gazeta24horasrio.com.br
    Repórter-fotográfica, atuando na produção de conteúdo com objetivo de compartilhar a melhor informação para manter você bem-informado! E-mail. [email protected]

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