Marli Medeiros Valério, de 74 anos, foi brutalmente assassinada a tiros pelo próprio irmão, Jorge Ferraz Valério, de 77 anos, nesta terça-feira (6). O crime chocante vem à tona após Marli já ter denunciado Jorge por ameaças em 2020. A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Campo Grande, na Zona Oeste, conduziu as investigações e encaminhou o caso ao Tribunal de Justiça. Entretanto, cerca de um ano depois, o caso foi arquivado.
O fatídico evento ocorreu na Rua Potiraguá, em Campo Grande, durante uma disputa familiar relacionada à divisão de herança. Jorge entrou em conflito com a idosa e seu filho, de 34 anos, e, em um acesso de fúria, sacou uma arma e disparou contra ambos. Marli faleceu instantaneamente, enquanto seu filho, Victor Hugo Valério de Lucena, foi alvejado na boca e levado ao Hospital Municipal Rocha Faria.
Após o crime, o suspeito tentou escapar, mas foi detido em flagrante por policiais do 40º BPM (Campo Grande) em um dos acessos à Avenida Brasil, próximo a Santíssimo. Durante a prisão, os agentes encontraram um revólver calibre 38, supostamente utilizado no homicídio. O caso agora está sob investigação da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Victor Hugo foi transferido para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, onde foi submetido a uma cirurgia para a remoção do projétil. A equipe médica relatou que ele sofreu uma fratura facial, lesão em uma vértebra e perda de dentes. No entanto, seu estado de saúde é estável, e é provável que receba alta dentro de uma semana.
A prisão de Jorge Valério foi convertida para preventiva durante sua audiência de custódia nesta quarta-feira (7), sob a decisão da juíza Rachel Assad da Cunha. A magistrada justificou que a medida cautelar é necessária para garantir a ordem pública e preservar a instrução processual, destacando a gravidade do crime e a importância de proteger as testemunhas e a sociedade em geral.