Foto: Clarildo Menezes
Escola de samba de São José de Imbassaí abre o desfile do grupo especial de Maricá na terça-feira de Carnaval, na Passarela Adélia Breve, no Centro
Com uma história que completou 30 anos em outubro, o G.R.E.S. Império da Camisa Azul e Branco vai abrir o desfile do grupo especial de Maricá na terça-feira de Carnaval (13/02), na Passarela Adélia Breve, no Centro. A agremiação com sede no Marine, em São José de Imbassaí, vai levar para a avenida o enredo “Amazônia Azul: Riquezas Marinhas sob as Águas do Atlântico”, que pretende chamar a atenção do público para a questão ambiental a partir do descarte de lixo nos oceanos. A previsão é que a apresentação comece por volta das 22h30.
Para mostrar seu enredo, a escola vai desfilar com 320 componentes divididos em oito alas, e com auxílio de três carros alegóricos, um quadripé e um objeto cenográfico. Um dos reforços trazidos pela direção é o cenógrafo Fábio Alexandre, com ampla experiência em desfiles dos grupos especiais do Rio e também de São Paulo, que também já trabalhou em eventos como o Natal Iluminado de Maricá, onde morou por quatro anos.
“Minha mãe ainda mora em Guaratiba e eu também fiz o monumento em homenagem aos profissionais de saúde, montado no hospital Che Guevara durante a pandemia. Passei por todas as escolas do grupo especial do Rio e posso dizer que o Carnaval daqui tem muito a oferecer ao público. Aqui estamos trabalhando diariamente, pois o tempo de execução é curto”, observou o artista no barracão da escola, onde trabalha com outras cinco pessoas.
O atelier da Império funciona numa casa de festas, onde outros 25 profissionais preparam as fantasias que vão para o desfile. De acordo com o carnavalesco Rogério Brum, a conscientização que a escola quer difundir começa já na confecção das peças, quando são reutilizadas partes de antigas fantasias nas que estão sendo preparadas.
“Vamos mostrar essa conscientização sobre o descarte correto do lixo desde a comissão de frente até a última ala, que será uma surpresa com base em um dos versos do samba que diz ‘espere que a coleta vai passar’. Nos dois setores haverá alusões aos catadores e varredores de rua, mas não dá para falar mais que isso”, despista ele, que também exaltou o retorno dos desfiles em Maricá.
“É importante que, a partir de agora, a comunidade passe a se integrar e apoiar suas escolas de samba, que são as maiores organizações não-governamentais que existem no país e quase todas, como a nossa, com mais de 30 anos de atividade”, ressaltou o carnavalesco.
O presidente Wagner Carvalhão reforça a ideia de Rogério Brum ao contar parte da história da própria agremiação, da qual está à frente há quase 20 anos. “Foi a comunidade quem criou a escola a partir de uma vontade coletiva, e os temas ambientais são recorrentes nos últimos anos. Estamos preparando um belo Carnaval e vamos para a avenida em busca do título”, garante ele.