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Deolane Bezerra pode ser conduzida pela polícia caso não compareça para prestar depoimento

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está em busca da advogada e influenciadora Deolane Bezerra, que atualmente reside em São Paulo, com o objetivo de intimá-la a prestar depoimento. Deolane está sendo investigada por um possível envolvimento com indivíduos ligados ao crime organizado do Complexo da Maré, na Zona Norte da cidade, após ser fotografada usando um cordão de ouro pertencente a Thiago da Silva Folly, também conhecido como ‘TH’, um dos líderes do tráfico na comunidade Vila do João.

Segundo o delegado Rodrigo Coelho, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), caso Deolane não seja localizada ou não compareça voluntariamente à delegacia, a polícia pode tomar medidas para conduzi-la a prestar depoimento. Mesmo que ela não compareça, ou a polícia não consiga contatá-la, a investigação continuará em andamento.

O inquérito foi iniciado após a divulgação de imagens em que a influenciadora aparece com a joia do líder do tráfico. A DRE teve acesso a essas imagens e vídeos e os registrou em um inquérito já em andamento, que investiga o Terceiro Comando Puro (TCP), facção que controla parte das favelas da região.

“Nosso objetivo é entender melhor a relação dela com o tráfico local. Queremos saber quem a convidou, se recebeu tratamento especial, se teve contato com as lideranças do crime, se manipulou armas, entre outros aspectos. Após esclarecermos esses pontos, determinaremos as implicações jurídicas, que podem variar desde cumplicidade até acusações formais de atividades ilícitas”, afirmou o delegado ao jornal O Dia.

Deolane se manifestou nas redes sociais, explicando sua presença no Complexo da Maré. Em um vídeo publicado no início da noite de quarta-feira (14), ela admitiu ter tirado fotos e feito vídeos com o cordão, explicando: “Estive no Complexo da Maré ontem (terça-feira), estava no baile da Disney. Fui muito bem recebida, não gastei um centavo. Tirei fotos com todo mundo, com cordão, sem cordão, colocaram o cordão em mim, tiraram… é isso que sou.” Ela acrescentou: “Eu venho da favela e vou continuar indo. Sabe por quê? Porque existem pessoas lá que nunca teriam a oportunidade de me ver se eu não fosse até elas. E eu vou, sou artista.”

Deolane, que desfilou pela escola de samba Grande Rio na Sapucaí na madrugada de segunda-feira (12), já retornou a São Paulo, onde reside.

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