Foto: Leonardo Fonseca
A Fazenda Nossa Senhora do Amparo, no Caju, acaba de receber certificação orgânica, o que indica que os alimentos produzidos no local estão de acordo com os regulamentos da agricultura orgânica. É a primeira fazenda de Maricá a conseguir esse selo. O local pertence à Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), que desenvolve projetos na área em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
O objetivo principal é a busca por alimentos mais saudáveis, sem agrotóxicos e produzidos a partir de técnicas que não agridem o meio ambiente. “Fico satisfeito que tenhamos uma série de projetos inovadores sendo desenvolvidos na cidade e que estão instalados aqui. Temos a proposta de uma futura instalação de um campus da UFRRJ nesta área”, disse o presidente da Codemar, Hamilton Lacerda.
No local, diversos projetos estão sendo desenvolvidos. A área de 200 hectares, o equivalente a 2 milhões de m2, atua também na conservação da biodiversidade.
Lacerda lembrou que, antes de o local ser adquirido pela Codemar estavam sendo vendidos lotes de maneira ilegal, prejudicando a biodiversidade.
Segundo o presidente da Codemar, a missão é trazer uma nova indústria para Maricá. “A cidade está na vanguarda e vai produzir matéria-prima para a indústria de cosméticos e farmacêutica, em um grande centro de pesquisas, gerando emprego e riqueza para a população”, acrescentou.
A certificação orgânica
Produtos orgânicos são aqueles que não têm agrotóxicos, aditivos químicos ou modificações celulares nas sementes, o que possibilita o manejo equilibrado do solo, evitando contaminações.
A Fazenda Nossa Senhora do Amparo tem áreas de cultivos orgânico medicinais, estufas automatizadas e viveiros de mudas. Entre os cultivos, estão os de feijões, cana-de-açúcar, manjericão, guaco, carqueja, cavalinha, camomila, alecrim, lavanda e alface.
Para o engenheiro agrônomo e professor da UFRRJ, João Araújo, os produtos orgânicos evitam os malefícios causados pela ingestão excessiva de pesticidas.
“Desde que a UFRRJ iniciou os trabalhos aqui, estamos sistematizando desde a análise do solo, fazendo inspeções e separações de glebas, além do manejo de preparo do solo com adubação orgânica com massa vegetal”, disse Araújo.
“Tudo isso tem um propósito que foi alcançado agora com a certificação orgânica da Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro (Abio)”, continuou o professor.