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Polícia mira quadrilha especializada em falsificar suplementos alimentares

Agentes da Divisão de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) realizaram, nesta terça-feira (20), mandados de busca e apreensão contra uma quadrilha especializada na fabricação e comercialização de suplementos alimentares falsificados. Os alvos incluíram endereços em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Parada de Lucas, na Zona Norte, Cabo Frio e São Pedro D’Aldeia, na Região dos Lagos. Durante a ação, um dos investigados foi detido em flagrante.

Com o auxílio de delegacias do Departamento Geral de Polícia Especializada (DPGE), a equipe da DRCPIM iniciou as investigações após denúncias de uma plataforma de vendas online, que relatou receber queixas de consumidores. Segundo a Polícia Civil, os produtos eram comercializados como suplementos de marcas reconhecidas, tais como Ômega 3 e Q10, além de outros que prometiam curar condições como cegueira, catarata e surdez.

As autoridades policiais também destacaram que os suspeitos ostentavam uma vida de luxo e exibiam carros de alto padrão nas redes sociais. Os lucros obtidos com a venda dos produtos eram tão significativos que, conforme a investigação, eles planejavam abrir uma farmácia em Duque de Caxias. Contudo, os policiais realizaram buscas no estabelecimento, que era utilizado para a manipulação e produção das substâncias, resultando na apreensão de insumos químicos, equipamentos e maquinário para a fabricação de cápsulas.

Na operação realizada nesta terça-feira, a Polícia Civil relatou a apreensão de maquinários, embalagens, rótulos e substâncias destinadas à produção dos suplementos falsificados. Além disso, foram encontrados celulares, computadores e veículos. Em um galpão, também foram apreendidas toneladas de produtos adulterados de marcas famosas, prontos para venda.

O uso desses suplementos falsificados pode acarretar danos graves à saúde, uma vez que são fabricados sem seguir normas sanitárias e a composição exata das cápsulas é desconhecida. O Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não se pronunciaram sobre o caso.

O indivíduo detido foi encaminhado à DRCPIM e permanecerá à disposição da Justiça. Todo o material apreendido será submetido à perícia e posteriormente destruído. Os investigados podem responder por associação criminosa, além de crimes contra a saúde pública e o consumidor.

O Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro (CRF/RJ) reiterou a importância de adquirir medicamentos e produtos para saúde somente em farmácias regulamentadas, com a presença de um farmacêutico responsável técnico. Alertou também para a necessidade de desconfiar de produtos que prometem resultados milagrosos, especialmente quando vendidos de forma clandestina ou sem registro, pois consumi-los representa riscos à saúde.

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