José Luiz Antunes Júnior, filho do ex-prefeito de Rio Bonito, José Antunes, conhecido como ‘Mandiocão’, foi detido pela Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (23). Ele é suspeito de disparar contra motociclistas durante o “rolezinho de Natal” ocorrido na madrugada de 25 de dezembro do ano passado, próximo à rodoviária da cidade, no Centro de Rio Bonito, Região Metropolitana do Rio.
Um vídeo registrado por um dos participantes do “rolezinho” mostra o momento em que um indivíduo, usando capacete e com a moto parada, efetua os disparos na direção do grupo de motociclistas que passava pela Praça Astério Alves de Mendonça. Algumas das motocicletas transportavam passageiros na garupa, resultando em ferimentos, embora nenhuma queixa formal tenha sido registrada. O delegado titular de Rio Bonito, Renato Mascarenhas Perez, detalhou como a polícia identificou o suspeito.
“A investigação teve início na véspera de Natal do ano passado, após um evento denominado ‘rolezinho’, que ocorreu na madrugada do dia 25 e causou transtorno a muitas pessoas. Durante esse evento, houve múltiplos disparos de arma de fogo contra os participantes do rolezinho. Iniciamos a investigação visando identificar o autor dos disparos, pois um erro não justifica outro. Além disso, a reação foi totalmente desproporcional. Buscamos vítimas e testemunhas, o que nos permitiu confirmar a autoria do crime e apresentar ao Ministério Público e ao Judiciário o pedido de prisão do suspeito”, relatou o delegado.
Além da detenção de José Luiz, os agentes da 119ª DP (Rio Bonito) cumpriram mandados de busca e apreensão em três endereços associados a ele. Durante as buscas, foram encontradas uma espingarda calibre 12, um revólver e várias munições calibre 380, alegadamente utilizados no crime. Também foi apreendida uma camiseta que, supostamente, teria sido usada no dia do delito.
O delegado acrescentou que o suspeito não possui autorização legal para portar ou possuir armas de fogo e possui antecedentes criminais por difamação e injúria no contexto da Lei Maria da Penha. O DIA não conseguiu contato com a defesa do suspeito, mas permanece disponível para possíveis declarações.