O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz, Bio-Manguinhos, dobrou sua capacidade de produção da vacina contra a febre amarela, passando de 60 para 120 milhões de frascos por ano. Esta expansão decorre da autorização recente da Anvisa para retirar antibióticos da fórmula e otimizar o processo produtivo do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA). A vice-diretora de Qualidade de Bio-Manguinhos, Rosane Cuber, explicou que essa mudança permitiu aumentar a concentração de vírus na vacina sem aumentar a quantidade de ovos utilizados, o que resultou em uma produção viral maior.
Outra melhoria significativa foi a retirada dos antibióticos da vacina, conforme solicitado pela OMS. Essas alterações foram submetidas e aprovadas pela Anvisa neste mês de fevereiro. Com isso, a produção de novos lotes de IFA já incorporará essas melhorias, aumentando ainda mais a capacidade de produção de Bio-Manguinhos. Apesar de ainda existir estoque do IFA com a formulação anterior, os próximos lotes seguirão a nova formulação. O congelamento do IFA pode durar até cinco anos, e Bio-Manguinhos está pronta para atender à demanda do Ministério da Saúde e também para exportar para agências da ONU, garantindo que o estoque de vacinas contra a febre amarela não seja um problema para o Brasil neste ano.