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    Família acusa PM pela morte de adolescente no Jacarezinho: ‘Quem deveria nos proteger, nos mata’

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    A família do adolescente Yago de Farias, de 17 anos, que foi fatalmente atingido por um tiro na cabeça dentro da comunidade do Jacarezinho, Zona Norte, atribui o disparo a policiais militares. Segundo os parentes do jovem, que compareceram nesta quarta-feira (6) ao Instituto Médico Legal (IML) do Centro para a liberação do corpo, Yago estava retornando da casa da madrinha para a residência da mãe. Ele trabalhava com a mãe vendendo comida e não possuía qualquer envolvimento com atividades criminosas.

    “Ele estava saindo da casa da madrinha e indo para casa da mãe. Estava com o fone de ouvido, nem se deu conta do que aconteceu. Ele foi atingido pelas costas. (…) Eles (os PMs) foram até ele e viram que não tinha nada, deixaram o corpo lá caído, a população foi se aglomerando e depois nós socorremos ele para a UPA, mas não tinha mais jeito”, relatou a avó do adolescente, Lígia Lima.

    De acordo com Lígia, Yago trabalhava com a mãe vendendo lanches e bolos. “Era um menino alegre, que amava sua família, respeitador com a sua família, cheio de sonhos e hoje o Yago está morto por uma crueldade. É doloroso”, disse.

    A família está determinada a buscar por justiça e espera que o responsável pelo disparo, supostamente um policial militar, seja responsabilizado pelo ocorrido. O incidente aconteceu por volta das 10h de terça-feira, momento em que não havia tiroteio na comunidade.

    Rosane de Farias, mãe de Yago, relatou que em nenhum momento a Polícia Militar ou o Governo do Estado entraram em contato com a família. “Nem apareceu. Não tem polícia aqui. Ninguém nos procurou, falou nada. Quem viu, conta que o PM chegou perto dele, viu que não tinha nada e foi embora”, lembrou.

    O adolescente foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Manguinhos pelos próprios familiares e vizinhos, mas já deu entrada no local sem vida.

    “A gente não sabe em quem pode confiar. Quem deveria nos proteger, nos abandona e nos mata. Todos os dias temos jovens mortos dentro da comunidade. Meu desejo é que isso mude, que isso acabe. Que nossos governantes olhem pela gente com olhar de amor e empatia. Estamos abandonados”, lamentou a familiar.

    O enterro do jovem está marcado ainda para esta quarta-feira (6), no Cemitério de Inhaúma, Zona Norte, às 16h30, com velório restrito a parentes a partir das 13h30.

    Em nota, a Polícia Militar informou que as circunstâncias da morte estão sendo apuradas pela Polícia Civil e que a Secretaria de Estado de Polícia Militar (SEPM) está colaborando integralmente com as investigações.

    Operação contra o tráfico:

    Na terça-feira, a PM realizou uma operação na comunidade para reprimir a movimentação de traficantes da facção Comando Vermelho e possíveis saídas desses criminosos para disputas territoriais. Durante a ação, uma troca de tiros resultou na morte de um suspeito identificado como José Henrique da Silva, conhecido como Dentinho, que era procurado por organização criminosa. Outros dois suspeitos foram presos, e foram apreendidos um fuzil, uma pistola, munições e um colete balístico, além da recuperação de dois carros roubados.

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