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quarta-feira, outubro 30, 2024
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    InícioCaso de PolíciaPolícia realiza operação contra narcomilicianos em São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e região

    Polícia realiza operação contra narcomilicianos em São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e região

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    A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) deflagrou nesta quarta-feira (13/03) a “Operação Quartzo”, visando desmantelar a atuação de narcomilicianos ligados ao Comando Vermelho (CV) que dominam ilegalmente serviços como internet, sinais de TV, distribuição de água e gás de cozinha em diversos bairros de Itaboraí.

    Com o cumprimento de 72 mandados de busca e apreensão em diferentes municípios do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Maricá, Cabo Frio, Arraial do Cabo e, principalmente, em Itaboraí, a operação mobiliza agentes do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), Departamento-Geral de Polícia do Interior (DGPI), Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC), peritos criminais e representantes das empresas afetadas por essas práticas ilegais.

    Após 11 meses de investigação liderada pela Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), os alvos incluem não apenas as sedes das empresas ligadas aos narcomilicianos, mas também presídios, de onde são coordenadas atividades criminosas. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) participa da operação para garantir o cumprimento das ordens judiciais no sistema prisional.

    O objetivo principal é apreender armas de fogo, munições, telefones, computadores, dispositivos eletrônicos, além de documentos e contratos relacionados às atividades ilegais das empresas prestadoras de serviço. A operação também visa interromper o monopólio imposto pelas narcomilícias, que forçam a população a contratar serviços de baixa qualidade sob pena de exclusão de outras empresas concorrentes.

    Conforme as investigações revelam, as empresas associadas aos narcomilicianos pagam uma parte considerável de seus lucros às facções criminosas em troca de exclusividade na prestação de serviços nessas comunidades. Estima-se que esses grupos criminosos obtenham um lucro mensal de cerca de R$ 15 milhões, recursos que são utilizados para comprar armas, lavar dinheiro e investir em empreendimentos aparentemente legais.

    Os investigados enfrentarão uma série de acusações, incluindo interrupção de serviços essenciais, receptação qualificada e associação criminosa. As autoridades também estão investigando o envolvimento da facção em crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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    Sara Celestino
    Sara Celestinohttps://gazeta24horasrio.com.br
    Repórter-fotográfica, atuando na produção de conteúdo com objetivo de compartilhar a melhor informação para manter você bem-informado! E-mail. [email protected]

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