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Maricá propõe debate sobre direito das mulheres

Foto: Marcos Fabrício

A Prefeitura de Maricá, em parceria com a Secretaria de Políticas e Defesa dos Direitos das Mulheres com a Escola de Governo de Maricá (EMAR) e o Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), recebeu nesta terça-feira, 19/03, no auditório do ICTIM, no Centro, o Programa de Extensão da UFF, “Mulherio: tecendo redes de resistência e cuidados”.

A palestra, em homenagem ao mês lilás (de combate e prevenção ao câncer de colo de útero) propôs um resgate histórico sobre avanços e retrocessos ligados às políticas para as mulheres.

Na abertura do evento, a secretária de Políticas e Direitos das mulheres, Luciana Piredda, falou sobre a história de luta e a união do público feminino.

“Nós, mulheres, somos sempre colocadas numa posição de segunda categoria, e em qualquer crise são os nossos direitos os primeiros a serem reduzidos. Nós temos que permanecer em resistência o tempo inteiro, porque os nossos direitos são sempre questionados. Somos sempre manipuladas pelo machismo, pelo patriarcado e pelo capitalismo, que nos individualiza o tempo inteiro e nos coloca como concorrentes, porque os nossos espaços de poder são escassos. Discutir essa luta coletiva constantemente faz parte também da nossa luta por direitos. Se nós estivermos juntas, nossas chances de vitória são maiores”, declarou Piredda.

Professora da EMAR, Luciana Bittencourt, também abordou a necessidade de manter vivo o diálogo sobre a temática.

“Eu venho de uma longa trajetória de atividades voltadas para a questão dos direitos humanos, com um recorte para os direitos da mulher. É muito importante estar dialogando com a sociedade de forma ampla, sobre a luta que não para, das mulheres, e sobre como a gente precisa lutar muito e resistir muito para não abrir mão de nossos direitos. Mas é necessário também que a gente resgate as lutas anteriores”, disse Bittencourt.

Psicóloga e professora da UFF, Paula Land Curi falou sobre “A luta das mulheres pelo direito de se ter direitos” e propôs uma viagem de volta ao tempo e à história dos Direitos Humanos. Tópicos com os títulos “Nem tudo é mimimi” e “Estatuto da mulher casada” também foram pontos abordados em seu debate.

“Não se trata de maioria. Existem, profissões que são majoritariamente femininas. Eu sou professora universitária. Por acaso eu tenho um cargo, porque são os homens que ainda exercem esse poder. Até porque tem uma discussão importante que tem a ver com a maternidade de que ela atrapalha a vida da gente, porque quem fez os filhos não quer saber de cuidar deles. A gente está falando sempre disso e as pessoas não escutam, não entendem, porque não querem entender, não querem escutar. Então, a gente precisa continuar falando”, resumiu Paula Land.

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