A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Assistência Social, voltou a distribuir garrafas de água mineral para a população de Itaipuaçu e Inoã. Os dois bairros ainda sentem os efeitos da falta de fornecimento na rede da concessionária Águas do Rio nos primeiros dias deste mês, em razão de uma contaminação captação da estação de tratamento do Laranjal, em São Gonçalo, que abastece a região. Mais uma vez, a entrega foi realizada nesta quarta-feira (17/04) na Escola Municipal Marquês de Maricá, no Jardim Atlântico Leste, e cada pessoa pôde levar um fardo com seis garrafas de 1,5 litro de um total de 6.500 litros.
A ação foi possível em razão de um excedente da primeira entrega, também em parceria com a Águas do Rio, que havia disponibilizado outros 10 mil de água para a população no último dia 8. De acordo com o secretário de Assistência Social de Maricá, Thiago Ribeiro, Não há previsão para novas entregas a menos que ocorra um novo problema que desabasteça a região.
“A informação que temos da empresa é que o fornecimento já está 100% normalizado. Se outro problema acontecer, aí sim vamos voltar a pactuar novas ações com a concessionária para que nosso munícipe tenha água garantida”, ressaltou Thiago.
Quem foi buscar as garrafas de água na escola afirmou que o abastecimento está quase normal, mas ainda inconstante desde o retorno. “Ainda não melhorou como deveria, por isso é tão importante essa entrega aqui”, garantiu o motociclista Marcelo Peniche, de 53 anos, que mora na Rua 64 e, como a maioria, foi buscar a água para consumo.
“Essa aqui é para beber mesmo, o que vem no cano ainda é pouco mas garante o banho e a roupa lavada”, reforçou a moradora da Rua 80, Ana Cristina de Oliveira, de 51 anos. Na memória da agente comunitária Carolina de Souza, de 24 anos, ainda estão os dias de seca no início do mês. “Fiquei dez dias sem água e foi um desespero, é difícil esquecer. É bom que tenha essa ação para a gente se garantir”, disse a moradora da Rua 72.
Falta de água
A captação de água do sistema Imunana-Laranjal foi interrompida na manhã do dia 03 de abril, depois que técnicos constataram a presença, em níveis acima do permitido, da substância tolueno (usado na fabricação de solventes e combustíveis) no canal onde a água é captada para tratamento. A produção foi retomada dois dias depois na noite do dia 05 e, no dia seguinte, o tolueno não era mais encontrado nas amostras analisadas.