O Rio Grande do Sul continua enfrentando os efeitos devastadores dos temporais, com o número de mortos subindo para 83, de acordo com informações divulgadas pela Defesa Civil nesta segunda-feira (6). Além disso, há outras 4 mortes sob investigação, 111 pessoas desaparecidas e 291 feridas.
De acordo com o levantamento mais recente da Defesa Civil, são 149,3 mil pessoas desabrigadas, sendo 20 mil em abrigos e 129,2 mil desalojadas, abrigadas em casas de familiares ou amigos. A situação afetou diretamente 364 dos 496 municípios do estado, impactando aproximadamente 873 mil pessoas.
As estradas seguem comprometidas, com bloqueios em 102 pontos de rodovias estaduais e 61 de rodovias federais, totalizando 163 interrupções no trânsito. Destaque para os 18 pontos interrompidos na BR-116, em cidades da Serra, da Região Metropolitana e do Vale do Sinos.
Diante do cenário catastrófico, o governo decretou estado de calamidade, reconhecido pelo governo federal, permitindo assim a solicitação de recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.
A Defesa Civil alerta que a maior parte das bacias hidrográficas do estado corre risco de elevação das águas acima da cota de inundação, aumentando o perigo de novas enchentes.
Os meteorologistas explicam que os temporais são resultado de diversos fenômenos que ocorrem na região, agravados pelas mudanças climáticas. Nas próximas 24 horas, a previsão é de mais chuva.
A tragédia no estado está relacionada a correntes intensas de vento, a um corredor de umidade vindo da Amazônia, aumentando a força da chuva, e a um bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor.