O número de mortos em decorrência das fortes chuvas, enchentes e enxurradas que atingem o Rio Grande do Sul desde o fim de abril aumentou para 171, conforme balanço divulgado neste sábado (1º) pela Defesa Civil gaúcha.
Os dados atualizados indicam que o número de desaparecidos caiu para 43, enquanto o de feridos permanece em 806. Além disso, 618 mil pessoas continuam desalojadas, com 37.812 delas abrigadas em instalações temporárias, mais de um mês após o início do mau tempo. No total, mais de 2,3 milhões de moradores foram afetados em 475 municípios.
As fortes chuvas que assolam o estado tiveram início em 27 de abril, avançando em direção ao norte por mais de uma semana. O mau tempo deixou um rastro de enxurradas e inundações, causando mortes e destruição ao longo dos rios Taquari, Sinos, Caí, Gravataí, Pardo e Jacuí. Um grande volume de água posteriormente desembocou no Rio Guaíba, que banha a capital Porto Alegre.
O transbordamento do Guaíba inundou diversos bairros da capital gaúcha, provocando mortes e destruindo os bens de milhares de famílias. A água continuou seu curso em direção à Lagoa dos Patos, causando alagamentos em cidades como Rio Grande e Pelotas.
A infraestrutura em todo o estado também foi gravemente comprometida, com dezenas de deslizamentos e pontes arrastadas, deixando milhares de famílias ilhadas. Até o momento, foram realizados mais de 77 mil resgates. A rodoviária e o aeroporto da capital gaúcha foram alagados, interrompendo suas operações.
Neste sábado (1º), o nível do Guaíba ficou abaixo da cota de inundação pela primeira vez em um mês, permitindo que moradores de bairros como Humaitá e Vila dos Farrapos retornassem para casa, onde encontraram muito lixo e lama.
As autoridades seguem trabalhando incansavelmente para prestar assistência às vítimas e restaurar a normalidade na região.