Gisa Nogueira grava single com letra inédita de Aldir Blanc que faria 78 anos dia 2 de setembro
Paulo Celestino
A música é uma parceria de Aldir Blanc, que morreu vítima da Covid 19 em 2020, com o compositor Zé Reinaldo Marques (autor da melodia)/Foto/Divulgação
A música é uma homenagem do poeta à cantora Vó Maria e conta com a parceria com o compositor Zé Reinaldo Marques
“A Maria negra, à qual me declaro, não vai com as outras ou se vai, é para ensiná-las, sobre liberdade, Maria da Graça”. Esse é o trecho inicial da letra do single “Maria, nome formoso”, samba inédito de Aldir Blanc (1946-2020), que completaria 78 anos de idade no próximo dia 2 de setembro.
A letra do single é o poema que Aldir Blanc escreveu para dar de presente à Vó Maria pela passagem do aniversário dela em 2003, à qual celebração ele não pode comparecer./Foto /Divulgação
A música é uma parceria de Aldir Blanc, que morreu vítima da Covid 19 em 2020, com o compositor Zé Reinaldo Marques (autor da melodia).Gravado pela cantora e compositora Gisa Nogueira, o single é um samba em homenagem à cantora Vó Maria (1911-2015), que fez a proeza de gravar o seu primeiro e único disco “Maxixe não é samba” aos 92 anos de idade.
A letra do single é o poema que Aldir Blanc escreveu para dar de presente à Vó Maria pela passagem do aniversário dela em 2003, à qual celebração ele não pode comparecer. “Taí o poema que eu vou dizer ano que vem na festa da Vó Maria, nem que a vaca tussa”, comentou o compositor em uma coluna que publicou no jornal O Pasquim daquele ano.
“Maria, nome formoso” é uma composição minha em parceria com o amigo e grande letrista Aldir Blanc, cujo legado como artista é uma das maiores referências da música popular brasileira. A letra é um poema que o Aldir escreveu para homenagear a cantora Vó Maria e me convidou para musicar. Eu musiquei e convidei a Gisa Nogueira para gravar”, disse Zé Reinaldo Marques.
Dona de uma voz extraordinária, Vó Maria passou muitos anos no anonimato, mesmo no período em que foi casada com Donga, autor de “Pelo telefone”, o primeiro samba gravado, época em que ela conviveu com grandes nomes da MPB que frequentavam a casa do casal na Tijuca (Zona Norte do Rio), como João da Baiana, Pixinguinha, Martinho da Vila, João Nogueira, Xangô da Mangueira, entre outros.
