As ouvidorias de 173 órgãos públicos federais, como ministérios, universidades e hospitais, registraram 571 denúncias de assédio sexual em 2024, segundo dados do painel “Resolveu?” da Controladoria-Geral da União (CGU). A maior parte das manifestações, mais de 97%, refere-se a denúncias, com o restante sendo reclamações.
Entre as instituições com mais registros, destacam-se a Universidade Federal de Rondônia com 32 casos, o Ministério da Saúde com 23, e a Universidade Federal de Pernambuco com 20. A CGU, responsável pela coleta dos dados, também aparece na lista com 20 denúncias, assim como outras entidades, incluindo o Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Paraná e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Cerca de 60% das denúncias apontam claramente o tipo de conduta, sendo a maioria relacionada a comportamentos de natureza sexual. O mês de agosto foi o mais crítico, com um aumento expressivo de casos, totalizando 122 novas ocorrências, representando 21% dos registros do ano.
Poucas informações sobre os denunciantes estão disponíveis, mas, entre os que informaram o sexo, 75% eram mulheres. O presidente Lula, em meio a essas denúncias, demitiu o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, após acusações de assédio, embora não haja, até o momento, denúncias contra o ministério no painel da CGU.
