O primeiro voo de repatriação de brasileiros no Líbano foi adiado por questões de segurança, anunciou o Ministério das Relações Exteriores nesta quinta-feira (3). O voo, que estava programado para sair de Beirute com 220 brasileiros a bordo, foi adiado devido à necessidade de reforçar as medidas de segurança para os comboios terrestres que levariam os passageiros ao aeroporto da capital libanesa. O governo brasileiro espera que o processo de repatriação possa começar na sexta-feira (4).
Agravamento da situação no Líbano
O adiamento ocorreu após explosões terem sido ouvidas nas proximidades do Aeroporto de Beirute, durante a madrugada desta quinta-feira. A violência na região aumentou devido aos ataques aéreos de Israel, que busca eliminar lideranças do Hezbollah. Cerca de 3.000 brasileiros solicitaram ajuda ao governo brasileiro para deixar o Líbano, diante da escalada de tensão no país. A bordo do voo de repatriação, estarão médicos, enfermeiros, psicólogos e a equipe operacional, que acompanharão os repatriados durante todo o processo.
Expectativas para a operação de repatriação
O Itamaraty estima que 220 cidadãos estejam no primeiro voo, mas planeja repatriar cerca de 500 pessoas por semana. O governo brasileiro está trabalhando para garantir que idosos, mulheres, crianças e pessoas com necessidades médicas tenham prioridade de embarque. O plano envolve escalas em Lisboa, Portugal, antes de seguir para São Paulo, onde o desembarque dos primeiros repatriados está previsto para o sábado (5).
Planejamento para novas saídas
Além da rota via Lisboa, o governo brasileiro está explorando alternativas, como a possibilidade de utilizar uma rota através da Síria, considerando a base russa no local. Mesmo com a complexidade da situação, o governo espera garantir a segurança dos brasileiros que ainda residem no Líbano, onde cerca de 20 mil cidadãos brasileiros vivem atualmente.