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Putin critica Zelenskyy sobre dissuasão nuclear enquanto repatriação de soldados ocorre

Tensão entre Rússia e Ucrânia

Ucrânia e Rússia realizaram dezenas de trocas de prisioneiros desde 2022Imagem: IMPRENSA PRESIDENCIAL UCRÂNIA/REUTERS

Na sexta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, criticou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, após este comentar sobre a necessidade de um meio de dissuasão nuclear. Em uma reunião de ministros da defesa da OTAN, um dia antes, Zelenskyy afirmou que “ou a Ucrânia terá armas nucleares como proteção, ou deverá fazer parte de alguma aliança”. Essa afirmação, portanto, gerou tensão entre Rússia e Ucrânia.

Putin respondeu: “Esta é uma provocação perigosa. Qualquer passo nessa direção será recebido com uma reação correspondente.” Além disso, ele também acrescentou: “Não é difícil criar armas nucleares no mundo moderno.” O presidente russo expressou dúvidas sobre a capacidade atual da Ucrânia para desenvolver tais armamentos, mas ressaltou que não existem grandes dificuldades para fazê-lo.

Tensão entre Rússia e Ucrânia: Putin responde a Zelenskyy

Na mesma sexta-feira, o governo ucraniano anunciou que a Rússia devolveu os corpos de 501 soldados mortos. Essa ação, de fato, representa a maior repatriação de mortos de guerra desde o início da invasão em grande escala da Rússia, em fevereiro de 2022. De acordo com a Sede de Coordenação para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra da Ucrânia, a maioria dos soldados foi morta em ação na região oriental de Donetsk. Peritos forenses, portanto, agora identificarão as vítimas, que serão devolvidas às suas famílias para o enterro.

Além disso, o exército russo afirmou que recapturou algumas aldeias ocupadas pelos ucranianos na região de Kursk. As forças ucranianas, por sua vez, iniciaram uma incursão em Kursk em agosto, com o objetivo de interromper a logística militar russa. A agência de notícias estatal russa TASS reportou que soldados ucranianos fugiram de suas posições perto da vila de Lyubimovka. Por outro lado, o meio de comunicação Mash relatou pesadas perdas ucranianas, afirmando que o exército russo matou cerca de 50 pessoas e fez dezenas de prisioneiros. No entanto, essas alegações, infelizmente, não puderam ser verificadas de forma independente.

Repatriação de Soldados: 501 corpos devolvidos à Ucrânia

A Coreia do Sul, adicionalmente, informou que a Coreia do Norte enviou cerca de 1.500 soldados das forças especiais à Rússia para ajudar no esforço de guerra na Ucrânia. Essa equipe inicial, portanto, faz parte de um total de cerca de 11.000 soldados que devem servir ao lado das forças russas. Embora a Rússia já tenha negado o uso de tropas norte-coreanas na guerra, essa nova informação adiciona uma camada à complexa dinâmica do conflito.

Na mesma sexta-feira, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou a libertação de 95 prisioneiros ucranianos em troca de um número igual de suas forças. O presidente Zelenskyy, por sua vez, confirmou o retorno de prisioneiros em um vídeo emocionante, onde alguns deles estavam envolvidos na bandeira ucraniana e se reuniram com suas famílias. Ele afirmou: “Cada vez que a Ucrânia resgata seu povo do cativeiro russo, nos aproximamos do dia em que a liberdade será devolvida a todos os que estão em cativeiro russo.”

Troca de Prisioneiros e Apoio Internacional em meio à Tensão entre Rússia e Ucrânia

O Ministério da Defesa russo, além disso, informou que seu pessoal passou por exames médicos na Bielorrússia. Desde o início da guerra na Ucrânia em 2022, ambos os países trocaram centenas de prisioneiros. A última troca conhecida, de fato, ocorreu em setembro e envolveu 103 prisioneiros de cada lado.

Além disso, na sexta-feira, o secretário de Relações Exteriores britânico expressou preocupações sobre o apoio da China à Rússia. Ele pediu ao seu colega chinês que impeça empresas de fornecer material militar à Rússia. David Lammy fez esses comentários durante sua visita à China, buscando restabelecer laços após anos de tensões.

Por fim, um alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Rússia alertou que a Ucrânia se juntar à OTAN “eliminaria a possibilidade” de resolver o conflito por meios diplomáticos. O diplomata Alexei Polishuk, portanto, afirmou que esse movimento “tornaria inevitável que a OTAN fosse arrastada para um combate direto contra a Rússia”.

Em conclusão, o chanceler alemão, Olaf Scholz, declarou que Berlim continuará a fornecer apoio à Ucrânia, mas também buscará uma solução para encerrar a guerra. Ele destacou que, se solicitado, também falaria com o presidente russo.

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