Atletas e treinadores aprenderam um pouco da metodologia que faz do país europeu uma potência no handebol
Os 22 jovens atletas maricaenses que estão num intercâmbio na França tiveram uma sexta-feira (1) cheia. Treino com técnico francês pela manhã; treinadores brasileiros à tarde; e série de visitas como da jogadora Adriana Cardoso, do técnico do time Toulon e até do administrador da vila onde estão.
O intercâmbio é uma iniciativa da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) em parceria com a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer e a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb).
“Treinar esses jovens para mim é a realização de um sonho. Contribuir assim para o esporte do país que me recebeu tão bem quando passei por lá. Vi no treino que os atletas precisam apenas ter um trabalho maior de fundamentos. Com isso, em breve o Brasil estará entre os maiores do handebol e então eles não precisarão mais sair do Brasil. Os atletas têm qualidade”, afirmou o treinador Damien Deschamps.
Aprendizado para todos
Os treinadores brasileiros que acompanharam o trabalho da manhã puderam ver as estratégias e o método francês, como disse Caíque Matos, treinador do núcleo de handebol de areia de Itaipuaçu:
“O treinamento está sendo de extrema relevância. A gente consegue aprender uma técnica diferente, e poder levar isso tudo para o núcleo vai significar um avanço para o nosso handebol”, garantiu Caíque.
Todos de olho
O técnico da equipe de Toulon, cidade vizinha de Marselha, acompanhou o treino da tarde, ministrado pela equipe brasileira. Viu um pouco dos novos talentos e se entrosou no intervalo, jogando altinha com os jovens ao som de música brasileira.
Mas quem chamou mesmo a atenção dos atletas maricaenses foi a jogadora Adriana Cardoso, a Doce, que defende a seleção brasileira e o time de Toulon:
“Eu espero que esses jovens aproveitem isso, esse investimento que eu não tive. É muito bom ver atividades assim e saber que eles voltarão para casa, para Maricá, com esse conhecimento e poderão passar tudo para os companheiros que não vieram”, comemorou Doce.
Visita ilustre
O meire (tipo de administrador) da Vila de Castellet, onde fica o centro de treinamento, Castell René, foi até a quadra para conhecer o trabalho. Segundo seu assessor para esportes, não é um movimento qualquer.
“Não é comum que ele faça esse tipo de visita a atividades, mas, por se tratar de uma equipe brasileira, assim que soube fez questão de estar presente para demonstrar apoio a esses jovens”, revelou Herve Tarpea.
Intercâmbio
A meta é que os jovens aprendam técnicas de handebol de quadra, muito forte na França, e ensinem técnicas de handebol de praia, no qual são imbatíveis.
Quando voltarem para Maricá, os atletas terão a missão de replicar o que aprenderam com seus companheiros de esporte.