Promotores Pedem Pena Máxima para Dominique Pelicot no Caso de Abuso Sexual de Gisèle
O julgamento de Dominique Pelicot, ex-marido de Gisèle Pelicot, entra na fase final nesta segunda-feira (25). O caso, que já durou quase três meses, causou grande repercussão. Durante as audiências, os promotores pediram a pena máxima de 20 anos de prisão por estupro agravado. Pelicot abusou de sua esposa durante anos, sem que ela tivesse consciência, causando um impacto profundo na sociedade.
Além disso, o caso gerou ampla cobertura da mídia e levantou questões cruciais sobre a violência doméstica. A repercussão reflete uma preocupação crescente da sociedade com crimes de violência sexual. Dessa forma, muitos veem o julgamento como uma chance de conscientizar ainda mais as pessoas sobre esse problema.
Dominique Pelicot Admitiu os Crimes Durante Julgamento
Dominique Pelicot, de 72 anos, confessou que dopou Gisèle durante anos. Ele misturava sedativos na comida e bebida dela, sem que ela percebesse. Também convidava outros homens para estuprar sua esposa, em uma ação premeditada e cruel. A promotora Laure Chabaud destacou a gravidade dos crimes. Ela não poupou palavras ao afirmar que tais atos não podem ser tolerados de nenhuma maneira.
Ela pediu a denúncia de Pelicot com pena máxima de 20 anos, afirmando que “vinte anos de prisão é muito, mas não é suficiente”. Essa solicitação sublinha a gravidade dos crimes cometidos e a necessidade de uma resposta à altura da justiça.
A repercussão também se estendeu à esfera política. A presidente da Câmara dos Deputados, Karol Cariola, expressou seu apoio a Gisèle. “Ela nos deu uma lição de dignidade”, disse, ressaltando o quanto é importante combater a violência de gênero de maneira eficaz.
Penas para os Outros Réus no Caso Pelicot
Além de Dominique Pelicot, outros 50 réus enfrentam acusações de estupro, com penas que podem chegar a 20 anos. Eles procuraram se defender, alegando que não sabiam do caráter da situação. No entanto, a gravidade das acusações não pode ser ignorada. O julgamento ocorre em Avignon, no sul da França, e tornou-se um dos principais temas nas manifestações contra a violência de gênero.
Assim, o caso abriu um debate sobre as relações de poder entre homens e mulheres. O promotor Jean-François Mayet afirmou que o julgamento traz mudanças importantes para a sociedade. “Este julgamento está mudando a forma como nossa sociedade lida com as relações mais íntimas”, disse, destacando o impacto do processo.
O veredicto final deverá ser conhecido até 20 de dezembro. No entanto, as alegações de defesa dos réus ainda serão ouvidas até 13 de dezembro. Portanto, a atenção continuará voltada para o caso nos próximos dias.
