Seul, 4 de dezembro de 2024 – O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, está enfrentando um processo de impeachment após declarar lei marcial no país, uma medida que gerou intensa reação pública e política. A decisão de Yoon, anunciada na noite de terça-feira, foi rapidamente revogada após forte oposição do parlamento e protestos em massa nas ruas de Seul.
A lei marcial, que teria colocado o país sob controle militar, foi justificada por Yoon como uma medida necessária para conter supostas ameaças de forças comunistas pró-Coreia do Norte. No entanto, a falta de evidências concretas e a natureza drástica da medida levaram a uma reação imediata e negativa.
Parlamentares de oposição, liderados pelo Partido Democrático, apresentaram uma moção de impeachment na manhã de quarta-feira. A votação está prevista para sexta-feira, e se aprovada por dois terços dos 300 deputados, Yoon será suspenso do cargo enquanto o Tribunal Constitucional avalia a decisão.
A crise política também teve repercussões econômicas, com o índice da bolsa de Seul fechando em queda de 1,4% após perdas mais acentuadas ao longo do dia. Além disso, membros do gabinete de Yoon, incluindo o ministro da Defesa, Kim Yong Hyun, enfrentam pressão para renunciar.
A declaração de lei marcial e a subsequente revogação destacaram as profundas divisões políticas no país e levantaram preocupações sobre a estabilidade democrática da Coreia do Sul. Manifestantes nas ruas de Seul expressaram alívio com a revogação da medida, mas a confiança no governo de Yoon foi seriamente abalada.