Após 16 dias de intensas buscas, a Marinha do Brasil anunciou a suspensão da força-tarefa que atuava no resgate de vítimas do desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava Maranhão e Tocantins pela BR-226. Apesar dos esforços, três pessoas ainda permanecem desaparecidas. As operações poderão ser retomadas caso surjam novas informações, conforme comunicado oficial.
Resultados da operação
Desde o início dos trabalhos, em 22 de dezembro de 2024, foram localizadas 14 vítimas fatais e resgatado um sobrevivente, de um total de 17 desaparecidos. As buscas, realizadas em etapas, concentraram-se inicialmente nas áreas próximas aos veículos e escombros submersos no Rio Tocantins. A segunda fase, iniciada em 5 de janeiro, expandiu as varreduras para áreas adjacentes ao local do colapso.
A suspensão das buscas, prevista para esta quarta-feira (8), coincide com a abertura das comportas da barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito, necessária devido ao aumento do volume de água causado pelas chuvas. Antes dessa etapa, uma última varredura será realizada com apoio do Consórcio Estreito Energia (Ceste) e o uso de drones subaquáticos. Segundo a Marinha, a operação atingirá seu limite técnico-operacional caso não sejam encontrados novos indícios até o final das buscas.
Equipamentos e logística
A operação mobilizou 64 mergulhadores especializados, incluindo equipes da Marinha e dos Corpos de Bombeiros de diversos estados, como Maranhão, Tocantins, Pará, São Paulo e Distrito Federal. Equipamentos avançados, como drones aéreos e subaquáticos, além de uma câmara hiperbárica para a segurança dos mergulhadores, foram utilizados nos trabalhos.
Embora as buscas tenham sido encerradas, a Marinha continuará atuando na região, fiscalizando balsas e embarcações. O desabamento da ponte, ocorrido no final da tarde de 22 de dezembro, deixou um rastro de destruição e reforçou a necessidade de monitoramento contínuo da segurança nas infraestruturas de transporte do país.
