Ícone do site GAZETA 24HORAS RIO

Fazenda em Maricá inicia projeto com abelhas sem ferrão para preservar biodiversidade

Foto: Leonardo Fonseca

O projeto Farmácia Viva, localizado na Fazenda Nossa Senhora do Amparo, em Maricá, deu início a uma iniciativa inovadora com a instalação de nove colmeias de abelhas sem ferrão. Em parceria com o Instituto de Zootecnia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), o projeto visa promover a polinização da flora nativa, fortalecer a biodiversidade e incentivar práticas sustentáveis.

Abelhas e a biodiversidade

As espécies Jataí, Mandaçaia e Uruçu-amarela foram introduzidas próximas à entrada da Farmácia Viva, permitindo que visitantes acompanhem o trabalho desses insetos fundamentais para o equilíbrio ambiental. Cada colmeia abriga entre 200 e 1.000 abelhas, produzindo de 3 a 6 litros de mel por ano, além de própolis.

Segundo o professor João Araújo, da UFRRJ, essas abelhas desempenham um papel vital na preservação da biodiversidade. “As abelhas sem ferrão são responsáveis por mais de 90% da polinização de espécies vegetais nativas, fundamentais para o equilíbrio climático e a produção de alimentos”, afirmou.

Além das abelhas sem ferrão, o projeto também inclui cinco colmeias de abelhas africanas (com ferrão), instaladas em uma área isolada da fazenda, com produção estimada entre 15 e 30 quilos de mel por colmeia por ano.

Meliponário: um espaço de educação e sustentabilidade

Como parte da expansão do projeto, um meliponário será inaugurado no próximo mês com mais nove colmeias de abelhas sem ferrão. O local será dedicado não apenas ao manejo das abelhas, mas também à educação da comunidade, oferecendo cursos e oficinas sobre meliponicultura. A proposta é incentivar práticas sustentáveis e gerar oportunidades econômicas e ambientais para os moradores de Maricá e das regiões próximas.

Compromisso com o meio ambiente

A iniciativa, realizada em parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), reforça a integração entre conservação ambiental e desenvolvimento sustentável. “Esse projeto é um marco na valorização da biodiversidade e no engajamento da comunidade em práticas que respeitam a natureza”, destacou o professor Guaraci Duran Cordeiro, especialista em Apicultura.

O Farmácia Viva segue como um exemplo de como a interação entre ciência, sustentabilidade e educação pode beneficiar a preservação ambiental e o desenvolvimento local.

Sair da versão mobile