Um estudo realizado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) revelou a detecção do verme Angiostrongylus cantonensis, responsável pela meningite eosinofílica, em moluscos terrestres em 26 municípios do estado do Rio de Janeiro, incluindo Maricá. A pesquisa, que abrangeu o período de 2015 a 2019, constatou que 9% dos 2.600 moluscos analisados estavam infectados.
Maricá, famosa por suas belezas naturais e crescimento populacional, integra a lista de cidades da mesorregião metropolitana onde o verme foi encontrado. O caramujo gigante africano (Achatina fulica) foi identificado como o principal vetor nas áreas urbanas. Essa espécie, frequentemente encontrada em terrenos baldios, praças e jardins, representa um risco considerável à saúde pública por sua rápida reprodução e capacidade de disseminar o parasita.
Ciclo do parasita e suas implicações para os humanos
O ciclo do verme envolve roedores urbanos, como ratos, que eliminam larvas em suas fezes. Essas larvas infectam moluscos como caramujos, lesmas e caracóis. O contato humano com esses moluscos ou o muco que eles liberam pode resultar em infecção acidental. Embora o verme não complete seu ciclo em humanos, ele pode causar meningite eosinofílica, uma inflamação das meninges que pode acarretar sérias complicações.
Foco na prevenção
As autoridades de saúde de Maricá e das cidades afetadas enfatizam a importância das medidas preventivas, recomendando:
Uso de luvas ao manusear moluscos ou hortaliças.
Higienização de verduras com uma mistura de água e água sanitária.
Evitar o acúmulo de lixo e entulhos, que favorecem a proliferação de moluscos e roedores.
Adicionalmente, a catação manual de caramujos deve ser realizada com segurança, seguindo orientações específicas quanto ao descarte.
Impactos na saúde pública
A meningite eosinofílica é considerada uma zoonose emergente e frequentemente subdiagnosticada no Brasil, com casos confirmados em oito estados. Em Maricá, onde a urbanização e a expansão imobiliária aumentam a interação humana com áreas verdes, a vigilância epidemiológica se torna crucial para mapear e reduzir os riscos.
Ações colaborativas
Pesquisadoras do IOC ressaltam a importância de esforços colaborativos entre o poder público e a população. Medidas como limpeza urbana, saneamento básico e campanhas educativas podem diminuir a exposição da comunidade ao A. cantonensis.
A detecção do verme em Maricá sublinha a urgência de ações preventivas para salvaguardar a saúde dos moradores e turistas, especialmente em uma cidade que se destaca como destino turístico em constante crescimento.
Eu tenho muito aqui no meu quintal, quando chove então aparece mais.
Jogo sal ,cal ,e nada.
Todos que comentaram não viram uma ação difinitiva para combate.
Alguém tem?
Expliquem como deve ser o descarte.
Olá RITA! Saiu uma matéria sobre como fazer o descarte e se prevenir desse animais! https://gazeta24horasrio.com.br/2025/01/24/como-se-prevenir-do-verme-angiostrongylus-cantonensis-veja-dicas-essenciais-de-controle/
Fui a um sacolão e lá estava um bicho desse em cima de uma penca de banana que perigo levei até o proprietário do comércio só não sei como ele descartou esse bicho
Olá Denise, poderia nos dizer qual sacolão? Para averiguarmos se ele descartou os alimentos ou não.