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quinta-feira, fevereiro 20, 2025
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    Violência na Vila Kennedy reduz horário de funcionamento da Clínica da Família

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    A Clínica da Família Wilson Mello Santos – ‘Zico’, localizada na Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio, teve seu horário de atendimento reduzido devido à escalada da violência na comunidade. Desde a última segunda-feira (17), a unidade passou a operar das 8h às 17h, uma medida adotada para garantir a segurança de funcionários e pacientes.

    De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS-Rio), a decisão foi tomada “em razão da violência no território, visando a proteção dos usuários da unidade”. Apesar da mudança no horário, a clínica assegura que os atendimentos e tratamentos não serão prejudicados.

    Região marcada por confrontos e tensão

    A Vila Kennedy tem sido palco de constantes tiroteios e operações policiais. No último dia 11, um confronto entre criminosos e policiais militares resultou na prisão de oito suspeitos. Quatro deles foram baleados e encaminhados ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo. Na mesma ação, os agentes apreenderam um fuzil, quatro pistolas, 10 artefatos explosivos e uma quantidade significativa de drogas.

    Após a operação, moradores protestaram e interditaram parcialmente a Avenida Brasil, utilizando um caminhão da Comlurb para bloquear a via. Já no dia 7, intensos tiroteios foram relatados na região, seguidos por uma nova ação da PM.

    Outro episódio de violência ocorreu no dia 5 de fevereiro, quando o adolescente Fábio Freitas Corrêa, de 17 anos, foi morto a tiros em Bangu. Testemunhas relataram que ele foi alvejado por pelo menos 17 disparos efetuados por homens armados que desceram de um carro e abriram fogo.

    Disputa entre facções mantém moradores reféns do medo

    A Vila Kennedy, dominada pelo Comando Vermelho (CV), enfrenta uma guerra territorial constante contra grupos rivais, como o Terceiro Comando Puro (TCP) e milicianos. Há pelo menos seis meses, moradores da comunidade e de áreas próximas, como Bangu, vivem sob o medo diário da violência. A disputa acirrada tem transformado a região em um verdadeiro campo de batalha, colocando a população em risco e impactando serviços essenciais.

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