A bateria da União de Maricá, conhecida carinhosamente como Maricadência, é o coração pulsante da escola e aposta em mais um grande desfile na Marquês de Sapucaí. Sob o comando do mestre Paulinho Steves, os 250 integrantes se apresentarão na próxima sexta-feira, 28/02, pela Série Ouro, com o objetivo de conquistar o acesso ao Grupo Especial em 2026.
Com o apoio da Prefeitura de Maricá, o enredo “O Cavalo de Santíssimo e a Coroa do Seu 7” homenageia a mãe de santo Cacilda de Assis e o lendário Seu 7 da Lira – exu festeiro e símbolo musical da umbanda carioca que marcou a década de 1970.
Paulinho Steves, que integra a União de Maricá desde 2016, iniciou sua trajetória como diretor e há quatro anos lidera a bateria, trazendo uma rica experiência herdada do pai, que comandou a bateria da Estácio de Sá por 15 anos, e da mãe, passista na escola carioca. “Desfilo desde a barriga da minha mãe. Nasci no Morro de São Carlos, no Estácio, e aos sete anos mudei-me para Maricá. Já passei pela direção de bateria em escolas como Grande Rio, União da Ilha, Porto da Pedra, Unidos da Ponte e Alegria da Zona Sul. Minha história no samba é longa e especial”, afirma orgulhoso.
Paulinho organiza o trabalho com o auxílio de 18 diretores, responsáveis por naipes como cuica, agogô, chocalho, tamborim, repiques e surdos, garantindo uma performance rica em detalhes. Ele já deu pistas sobre o que o público poderá conferir: “Haverá paradinhas, coreografias e surpresas. Sinto-me honrado por pulsar o coração da escola e, quase sempre, me emociono com os sambas. Estamos prontos para mais uma festa grandiosa em busca do título.” Além disso, o mestre também comanda a bateria na Paraíso School Samba, escola fundada por seu pai e tio há 30 anos em Londres, onde desfila anualmente no carnaval de agosto.
Entre os destaques, a rainha Rayane Dumont, que há cinco anos encanta o público com sua simpatia e energia. Aos 26 anos e natural de Cordeirinho, ela destaca: “Nossa comunidade vem com tudo, cantando com muita energia para fazer um carnaval extraordinário. Representar a cidade onde nasci e cresci é uma honra imensa.” Rayane ainda ressaltou que o samba “Maricá é meu país”, apresentado no ano passado, foi o que mais a emocionou por marcar a estreia na Sapucaí.
Outro depoimento marcante vem de Cristina Azevedo Figueiredo, de 39 anos, moradora de São José do Imbassaí, que toca chocalho na ala desde 2020. “É indescritível a emoção de ver a escola crescer e poder fazer parte de um trabalho construído com meses de dedicação. Durante o esquenta, os olhos se enchem de lágrimas de alegria ao presenciar a união dos ritmistas, sempre inspirados pelo Mestre Paulinho”, conta Cristina.
Com uma performance vibrante e cheia de surpresas, a Maricadência promete elevar o ritmo do samba e conquistar novos patamares rumo à elite do Carnaval.