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Aeroporto de Maricá adota tecnologia inovadora para monitoramento remoto

Foto: Deborah Duarte

O Aeroporto de Maricá avança na modernização da aviação civil brasileira ao implementar o Serviço de Informação de Voo de Aeródromo Remoto (R-AFIS) em sua Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e Tráfego Aéreo (EPTA), conhecida como Rádio Maricá. A partir de segunda-feira (17/03), inicia-se a Prova de Conceito (POC) do sistema, etapa crucial para testar sua eficácia.

As operações remotas ocorrerão nos dias úteis e serão analisadas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). Administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), o aeroporto conta com a AMD Service para operar o R-AFIS tanto localmente quanto à distância. Durante os testes, o controle do aeroporto será realizado a partir da Central R-AFIS, em Juiz de Fora (MG), utilizando um conjunto de sistemas de comunicação e câmeras de alta definição totalmente nacionais.

“Esse é um marco na aviação global. Maricá será a primeira cidade do mundo a utilizar câmeras para observação meteorológica remota, um avanço que pode beneficiar mais de 580 aeroportos públicos brasileiros sem o Serviço de Informação de Voo de Aeródromo (AFIS)”, destaca Isaac Nascimento, superintendente de Operações da Codemar.

Expansão e geração de empregos

Caso o sistema seja aprovado pelo Decea, ele poderá ser adotado por outros aeroportos civis sem Serviço de Tráfego Aéreo (ATS), abrindo novas oportunidades para Operadores de Estação Aeronáutica (OEA). A expectativa é que pelo menos 10% desses aeroportos incorporem a tecnologia, permitindo que prefeituras locais implementem serviços de tráfego aéreo e ampliem a oferta de empregos no setor.

Capacitação para segurança aérea

Como parte do projeto, profissionais ligados à segurança do Aeroporto de Maricá participaram de um curso sobre detecção de trovoadas. O treinamento, conduzido por especialistas em Meteorologia Aeronáutica, teve como objetivo aprimorar a capacidade da equipe em identificar e reportar fenômenos meteorológicos adversos, garantindo maior segurança para as operações aéreas.

“Fenômenos meteorológicos, como as trovoadas, representam riscos significativos para a aviação. Treinar a equipe para reconhecer esses eventos é essencial para a segurança operacional, especialmente em um sistema remoto como o R-AFIS”, explica Isaac Nascimento.

Com a implementação dessa tecnologia inovadora, Maricá se posiciona como referência na modernização da navegação aérea, abrindo caminho para uma aviação mais segura e eficiente no Brasil e no mundo.

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