O Ministério da Saúde confirmou, nesta terça-feira (31/12), o primeiro caso de infecção pela cepa 1b da mpox no Brasil. A paciente, uma mulher de 29 anos residente na região metropolitana de São Paulo, teve contato com um familiar que esteve na República Democrática do Congo, país que atualmente enfrenta um surto da doença.
O caso foi confirmado laboratorialmente após a realização de sequenciamento genético, que revelou um agente infeccioso muito semelhante ao encontrado em outros países afetados. Até o momento, não foram identificados casos secundários, mas a vigilância municipal segue monitorando possíveis contatos.
O Ministério da Saúde informou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) já foi notificada sobre o ocorrido. Em parceria com as secretarias estadual e municipal de Saúde, o ministério solicitou o reforço nas ações de vigilância epidemiológica e a busca ativa de pessoas que possam ter tido contato com a paciente.
Reforço nas ações de prevenção
Em resposta à declaração de emergência em saúde pública emitida pela OMS em agosto de 2024, o Ministério da Saúde criou o Centro de Operações de Emergências (COE) para coordenar as ações contra a doença, que permanece ativa. O Brasil registrou, até o momento, 2.052 casos de mpox em 2024, com 115 casos da doença sendo notificados no início de fevereiro, mas nenhum relacionado à cepa 1b.
Características da mpox
A mpox, causada pelo vírus Monkeypox, pode ser transmitida através do contato direto com uma pessoa infectada, bem como com superfícies ou objetos contaminados. Em áreas endêmicas, o vírus também pode ser transmitido de animais para humanos.
Os sintomas mais comuns incluem erupções cutâneas, febre, dor de cabeça, dores musculares, e inchaço dos gânglios. A erupção pode ocorrer em diversas partes do corpo, como rosto, palmas das mãos, solas dos pés e áreas genitais. As lesões podem ser dolorosas, e em casos mais graves, podem afetar os órgãos internos e causar complicações significativas.
História da doença e distribuição global
A mpox é endêmica na África Central e Ocidental desde a década de 1970. No final de 2022, a República Democrática do Congo declarou um surto nacional de mpox, em virtude da circulação da cepa 1. Desde julho de 2024, casos da cepa 1b foram reportados em diversos países ao redor do mundo, incluindo Uganda, Reino Unido, Estados Unidos, França, Alemanha, China, Canadá, e outros.
As autoridades de saúde continuam monitorando a situação de perto e reforçam a importância da vigilância contínua e do cumprimento das medidas de prevenção para evitar a propagação da doença.
