O anúncio do reajuste salarial dos profissionais da educação em Maricá, especialmente do magistério, gerou reações mistas entre os professores. Após intensas cobranças e até mesmo uma paralisação em busca de melhores condições, a divulgação do aumento de apenas 5% veio como uma decepção para a categoria.
A insatisfação dos docentes se deve ao fato de que o reajuste não cobre sequer a inflação acumulada dos últimos 12 meses, que, segundo o IBGE, é de 5,06%. Enquanto os preços dos alimentos e outros itens essenciais seguem em alta, o reajuste anunciado pelo secretário de Educação, Rodrigo Moura, não garante a reposição do poder de compra dos profissionais.
Desafios e desvalorização no setor
Embora os professores recebam salários considerados razoáveis, outros desafios comprometem a qualidade da educação no município. Profissionais de apoio, como os ‘agentes de inclusão’ – conhecidos como mediadores –, enfrentam condições precárias, com salários baixos e falta de oportunidades para qualificação profissional. Além disso, a influência de indicações políticas na ocupação de cargos na educação levanta preocupações sobre a eficiência da gestão educacional.
Esses fatores têm impacto direto no desempenho da educação em Maricá, refletindo índices abaixo do esperado em avaliações da qualidade do ensino. Diante do cenário, os profissionais seguem reivindicando melhores condições de trabalho e valorização real para toda a categoria.
