Brasil e Japão assinaram, nesta quarta-feira (26), em Tóquio, dez novos acordos de cooperação em áreas como comércio, indústria e meio ambiente. Além disso, foram firmados 80 instrumentos entre empresas, bancos, universidades e institutos de pesquisa. O objetivo é fortalecer a Parceria Estratégica Global, que une os dois países desde 2014.
O encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, marcou o início de uma nova fase na relação bilateral. Lula destacou que o Brasil deve aprender com o Japão e ampliar investimentos em educação, ciência e tecnologia.
Principais acordos assinados:
- Transição energética: Parceria para produção de biocombustíveis e hidrogênio verde.
- Tecnologia e inovação: Cooperação em pesquisa e desenvolvimento.
- Educação: Inclusão digital e incentivo ao ensino do japonês para brasileiros no Japão.
- Meio ambiente: Recuperação de terras degradadas e combate ao desmatamento.
- Saúde: Iniciativas para melhoria da assistência médica.
Japão investe no Brasil O Japão é o segundo maior parceiro comercial do Brasil na Ásia e o nono maior investidor estrangeiro no país. Em 2024, as empresas japonesas devem injetar R$ 45 bilhões na economia brasileira, fortalecendo setores estratégicos. Além disso, o Japão foi o primeiro país asiático a contribuir com o Fundo Amazônia, investindo R$ 14 milhões para combater o desmatamento.
Acordo com o Mercosul no radar Com a presidência do Mercosul no próximo semestre, Lula quer avançar nas negociações para um acordo comercial entre o bloco sul-americano e o Japão. O primeiro-ministro Ishiba demonstrou interesse em aprofundar as relações econômicas e ampliar o fluxo comercial entre os países.
Paz e combate ao extremismo Lula e Ishiba também discutiram temas globais, como conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio. Ambos reforçaram a importância do multilateralismo e da cooperação internacional para enfrentar desafios como discurso de ódio e fake news.
Esta é a primeira visita de Estado de Lula ao Japão, que organizou o encontro como um evento diplomático de alto nível. A agenda segue até quinta-feira (27), quando o presidente parte para o Vietnã.