O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) firmou, nesta terça-feira (1º), um acordo de cooperação técnica com a Caixa Econômica Federal para destinar R$ 50 milhões ao Programa Nacional de Florestas Produtivas. O investimento será utilizado para oferecer assistência técnica e extensão rural às famílias que atuam na produção agroalimentar sustentável na região amazônica.
De acordo com o ministro Paulo Teixeira, o programa tem o objetivo de capacitar pequenos produtores para restaurar a floresta com espécies nativas e produtivas, garantindo benefícios ambientais e econômicos. “Cultivar açaí, cacau, dendê, cupuaçu e maracujá pode ser dez vezes mais vantajoso do que plantar soja. Além disso, preservar a floresta gera um impacto econômico muito maior do que desmatá-la”, afirmou.
O projeto prevê parcerias com universidades públicas para envolver agricultores familiares, assentados da reforma agrária e comunidades tradicionais no processo de recuperação da vegetação nativa. A meta é que até novembro, quando o Brasil sediará a COP30, haja avanços significativos na recuperação ambiental dessas áreas.
Essa ação faz parte da segunda etapa dos editais do Programa Florestas Produtivas, lançado em julho de 2024 em parceria com o Ministério do Meio Ambiente. A iniciativa integra o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), que pretende restaurar 12 milhões de hectares de áreas degradadas até 2030.
O financiamento é proveniente do Fundo Socioambiental Caixa (FSA CAIXA), criado para apoiar projetos voltados ao desenvolvimento sustentável. Durante a assinatura do acordo, a Caixa também estabeleceu um protocolo de intenções com o Ministério do Meio Ambiente para impulsionar ações ambientais e climáticas.
“A crise climática impacta todas as áreas da sociedade. Por isso, é fundamental unir esforços entre setores econômicos, agentes financeiros, academia e sociedade para enfrentar esse desafio”, destacou Anna Flávia Franco, secretária executiva adjunta do MMA.