A Justiça do Rio realiza nesta segunda-feira (7), às 10h, a audiência de instrução e julgamento de Júlia Andrade Cathermol Pimenta e Suyany Breschak, acusadas de matar o empresário Luiz Marcelo Ormond com um brigadeirão envenenado. O crime, que chocou o país, aconteceu em maio de 2024.
Júlia, que era namorada da vítima, teria preparado a sobremesa com 50 comprimidos de um remédio controlado. Já a cigana Suyany é apontada como a mentora do assassinato. Ambas estão presas desde o ano passado.
Testemunhas e clima de tensão
Onze testemunhas foram intimadas, incluindo dois policiais. A audiência acontece na 4ª Vara Criminal.
A defesa de Suyany tentou transformar a prisão em domiciliar, alegando ameaças dentro do presídio, mas o pedido foi negado. Júlia também tentou se desvincular da autoria do crime, sem sucesso.
Segundo a juíza Lúcia Mothe Glioche, as duas agiram com frieza e cálculo para tirar a vida de Luiz Marcelo e se apropriar de seus bens.
Relembre o caso
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Motivação: Júlia tinha uma dívida de R$ 600 mil com Suyany, por trabalhos espirituais.
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O plano: Júlia deu ao empresário um brigadeirão com remédio moído (Dimorf 30mg).
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O resultado: Luiz Marcelo aparece sonolento em imagens de segurança antes de morrer.
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A perícia: Exames confirmaram intoxicação por morfina e outras substâncias.
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O destino dos bens: Suyany ficou com o carro da vítima e outros itens, que foram vendidos. Um homem foi preso com o veículo, celular e computador do empresário.
Acusações
Júlia responde por:
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Homicídio qualificado (motivo torpe, veneno, emboscada)
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Estelionato
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Falsidade ideológica
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Associação criminosa
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Fraude processual
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Uso de documentos falsos
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Apropriação de bens e venda de armas da vítima
Suyany responde pelos mesmos crimes, exceto o uso de documentos falsos. Ela teria sido quem orientou a compra do remédio e articulou todo o plano.